Julgamento ignorante
Parei para pensar que a vida não era o que aparentava ser.
Se fossemos parar para analisar a conduta dos outros, veremos que o "errado" muitas vezes é o "correto". O que vemos não é sempre como "enxergamos".
A cara de ódio era tristeza da fome que aquele ser passava em casa, era de dor pelos maus tratos do marido, era da falta de um abrigo para dormir, era da lembrança da discórdia sofrida em casa, era da mesa sem pão, era da labuta sofrida, suada e por mais que esse ser nada dissesse, seu rosto dizia tudo, dizia que o mundo era ruim. A vida para ele não é mais vida, vida é morte vivida.
Eu queria que me entendessem, que me escutassem. Eu estou fazendo um apelo, que olhem com mais zelo a vida afora, não julguem tanto e principalmente sem conhecer.
O homem que sai do bordel era pai da moça leviana que iniciava seu trabalho, ele tentava convencê-la a desistir da profissão e o homem mais velho abraçado com uma mocinha pueril era pai dela.
Nem sempre o que parece é, analise antes de julgar, ou nem julgue pois a vida não te pediu julgamentos.
Julgamos tanto! Mas quando estamos sendo assistidos como protagonistas e passamos pela mesma situação que já fizemos outros passarem, nos fechamos, nos colocamos no ostracismo e na tristeza irracional sem controle.
Indulgência para ter indulgência, amor para ter amor e alegria para irradiar, tudo que é bom se multiplica e quando regado floresce aos montes.