O definir eterno
De onde vem o afirmar: Afirmo! Para caminhar seguem muitos indivíduos. Cansados da jornada, fazem casas e pensam: Quem somos nós? Saem então. Não precisam de nada além das necessidades imediatas, mas, cantam e dizem: É querer ser, tão forte impulso que joga O Lobo para fora nas ações e no dizer.
Dizem muitos: não quero sair mas, sou obrigado. Deve ser, pois, opinar e agir transformam-no em vítimas de si, fadada a se explicar ou inventar. Vai Lobo dizem muitos, e ele, vitimado pelo impulso, age lobogicamente como um tal, que é grupo, adocicado na posição dos desejos.
Mas o lobo não é assim, um mau. Ele senta com destreza, acena como um master, mistura os alimentos como um engenheiro e faz fé como se as palavras tivessem vida. Quer dizer, um ingênuo. Como pode um ingênuo ser mau.
E o que dizer desse devaneio, desse pouso que reluta ir no outro. No caso do Lobo, quanta coragem para defender o que? Grupos? Se tem grupo é social. Espetacular diria uns, enquanto outros ficariam na ciência do racional justificando distinções. No meu caso, prefiro pensar que o lobo do grupo é como árvore parada, expandindo-se pelo simples movimento das raízes, sempre entrelaçadas pelo amor e pelo espaço.
Porque esse definir só pode ser poético análogo ao que se vive, do contrário, é silêncio eterno que traduz a eternidade.