Apologia Infantil...

Meninos (as), sonhos e brincadeiras,

Na invenção de ser adulto,

Quem ainda não cultiva a criança interior,

Crescemos?

Acho que não!

Não da para sair da infância... Dá?

 

Lembro-me dos pés descalços, dos peões e do fura pé,

Dos garrafões e baleados, do esconde-esconde tão disputado para saber quem se esconderá com a mais bonita.

Hoje quando olho para os meninos (as),

Pergunto-me:

- Onde está a Infância?

Entristeço-me, pois, a beleza de ser criança morreu...

 

Quando em meus devaneios,

Vejo-me mais uma vez,

Sentado às pernas da minha vó,

Para que ela contasse repetidamente suas estórias,

‘A Formiga e a Neve’, “A Estória da Baratinha” entre outras,

Das canções como: “Se Esta Rua Fosse Minha” entre tantas,

E, tem a velha de colo quente, minha Dita,

Que eu disputava acirradamente com meu sobrinho Daniel seus carinhos.

Sim, tempo que não volta mais,

Contudo permanece nas minhas lembranças.

 

Um dia quando eu voltar a ser de fato criança,

Entre meus noventa e com alguns anos,

Morrerei..., não por causa da idade,

Mas, da saudade daqueles que fizeram de minha vida,

Uma infância cheia de aventuras e brincadeiras.

 

Texto: Apologia Infantil

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 14.11.2017

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Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 14/11/2017
Reeditado em 21/10/2021
Código do texto: T6171832
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