O TEU OLHAR
(Sócrates Di Lima)
O teu olhar de lucidez profana,
Desperta-me a libido...
Um verde mar que näo me engana,
Que o meu olhar é atingido.
O teu olhar que há tempos näo fito,
Nem, o sinto rodeando o meu...
De repente surge numa imagem que acredito,
Convidar-me ao deleite teu.
O teu olhar bela mulher dourada,
Pode estar táo perto, mas, longe se faz,
Deixa minha vontade aflorada,
Num desejo de me tirar a paz.
O teu olhar de vagalume...
Que em minhas noites näo vinha,
Havia tempos o meu queixume,
Por silenciar-te no olhar que dantes vinha.
E meu coracao despertou,
Minha alma até cantou...
Recordações de um tempo que ficou,
Marcado no olhar que me abalou.
E quantas vezes ao telefone te sentia...
Mulher divina de gemidos mil...
Que o prazer louco então se fazia,
Poesia em um orgasmo viril.
O teu olhar de repente em sutil imagem...
Em meio a solidão de minha escolha,
Quando um dia foste embora como nuvem,
Revejo teu sorriso largo de nevada folha.