MULHERES REAIS

Fazemos parte de um imenso exército de operárias que tal como um gigantesco formigueiro.....levantamos muito cedo....outras nem tanto...nos higienizamos, tomamos café, corremos pra dar conta do nosso dia....Somos de diferentes classes sociais ...mas algo em comum nos une: a nossa humanidade...calibrada com a audácia de sermos quistas, aceitas, amadas, vistas, desejadas ...porque somos merecedoras de termos alguém que se orgulhe do MULHERãO QUE TEM DO LADO!

MULHERãO na conotação ipsis litteris daquela que literalmente o é.Pois , é de verdade e tem coragem de ser quem é.

Não importa o diâmetro dos nossos quadris, nem a elasticidade de nossa pele, nem a proporção dos nossos seios, nem a coloração dos nossos pelos ou mesmo a ausência dos mesmos, nem a tessitura de nossas madeixas, nem a cor da nossa pele, nem a religião ou a ausência desta, nem a ideologia partidária ou apartidária, nem o substrato de nossas mentes, nem o nosso grau de instrução ou ausência deste, nem o timbre de nossa voz, nem a nossa altura, nem a proporção de nossa figura.Sabe porque?

Porque somos de verdade e a nossa realidade compõem-se de imperfeições, de substratos personificados que são nossos aliados para dar o tônus em nossa vivacidade...e nós temos muita coragem...porque este palavrório de sexo frágil é estereótipo de logo de mercado que nos consagrou sob o delineado das divas, das musas, das pinturas, das figuras etéreas que se eternizaram no imaginário masculino....Uso aqui a palavra imaginário...pois esta me lembra o onírico...aquele pressuposto conjurado por paginas e paginas de comercio...ilustrado que nos descaracterizou como mulheres de verdade ,a medida que nos desconstruiu e incultiu em várias mentes que devíamos nos mutilar para cabermos todas nesta ditadura que nos deixa abjetas...a medida que nos autoimpõe seus ditames.

Quem disse que são proclames que nos consagram como merecedoras de respeito....nossa dignidade e identidade não precisa de chancela.Nós somos seres “sui generis “ que tem identidade, habilidades, qualidades, experiências, vivencias e acima de tudo dignidade...uma palavra pequena ante o significado abrangente que tem e esta nos autoriza a subsistir num mundo abjeto de gente coisificada...sonhando com arremedos de sentimentos dissociados, que se autoconsolam na sua existência vazia e justificam-se como sofredores, maculados por criaturas nefastas.. que autodenominam de loucas...um titulo que se você mulher nunca teve...certamente o terá,...pois ele é adjetivo que qualifica a improbidade de se relacionar com outrem que não se deixa coagir...intimidar, dilacerar-se numa sociedade patriarcal que vende seu arremedo de moral em frases prontas de rótulos autoimpostos.

Olhos de Falcão
Enviado por Olhos de Falcão em 09/11/2017
Código do texto: T6166552
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