A jornada...

A vontade era de chorar, mas eu me contive, estava tudo incerto, as horas corriam, os dias passavam e o ano estava chegando ao fim. Comecei a refletir sobre os acontecimentos, as alegrias, as tristezas, a saudade que sentia dos amigos, familiares, do antigo trabalho, de ter uma rotina agitada com horários. Eu não sabia o que seria o amanhã, os sonhos encaminhados, as incertezas do que aconteceria daí em diante, mas na verdade eu não tinha paciência de esperar, eu só pensava no amanhã, no depois.

Eu queria chorar, eu acreditava que as lágrimas me deixariam mais tranquila, mais leve, deixaria as angústias, tristezas, a saudade de lado, mas me enganei, as lágrimas me traziam dor, sofrimento, desesperos e a ansiedade. Aquele dia, foi tenso, triste, cinzento, até o clima favoreceu na minha tristeza, eu não queria me entregar às minhas tristezas, não queria me abater por encontrar obstáculos no meio do caminho. Eu não caí, não me abati, eu levantei, acreditei, estou aqui, forte, feliz, com fé e acreditando que meu hoje será concluído de uma forma como Deus escreveu pra mim. Quando me dei conta de todas as adversidades encontradas, descobri que os planos de Deus não são os mesmos que os meus e que as lágrimas, tristezas, abatimentos não me irão ajudar a continuar a jornada, a caminhada, seja ela dura, árdua, seja a experiência de viver uma verdadeira montanha russa, assim é a vida, hoje nós choramos amanhã nós sorrimos. Vamos acreditar que podemos modificar o percurso do nosso caminho, que por mais longo que se torne, nossa fé, nossa luta, nos permitirá ficar de pé. Hoje posso dizer, o dia está cinzento, está frio, estou cansada, estou com sono, estou agitada na montanha russa da vida, mas permaneço forte, porque ele lá em cima está cuidando de mim, porque Deus provê e pra sempre proverá.