E, POR AÍ SE SAI...

E, por aí se sai, andando e correndo

Afoito e com pressa e se apressa

De se chegar onde se queira,

E é de bicicleta, de moto, de carro,

De barco e de avião, de todo tipo

De transporte que seja viável e oportuno

Com velocidade condizente à pressa

Que se faz urgente, necessária ou não...

E se nota no retrovisor a poeira deixada,

E se vê os rastros feitos na pista,

E se percebe o vulto do casaredo e das árvores

Passando pela janela feito espelho,

E, de súbito uma freada brusca,

Uma pessoa ou animal se atravessou

Na frente de rota seguida e se colidiu,

Se feriu e ou se matou tal transeunte

Sem sorte e sem noção do que ocorrera...

Sem dizer de quando se é tocado

Por um outro tal afoito e com pressa,

Ou que se toque em outro apressadinho tal,

Porque a velocidade cega e desatenciona,

Um segundo de distração e, pronto,

A fatalidade acontece, fere e mata...

E então se pergunta, pra que a pressa?

Se levou nove meses pra nascer,

Lógico que, a mamãe esteve com pressa

De que o nascimento chegasse logo,

Mas nada pode fazer para que se apressasse

O nascer do filho, e, quando nascido

Antes do prazo se tem problemas...

E se diz então, cada coisa é cada coisa

Com seus detalhes à observarem-se...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 06/11/2017
Código do texto: T6163926
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