E, POR AÍ SE SAI...
E, por aí se sai, andando e correndo
Afoito e com pressa e se apressa
De se chegar onde se queira,
E é de bicicleta, de moto, de carro,
De barco e de avião, de todo tipo
De transporte que seja viável e oportuno
Com velocidade condizente à pressa
Que se faz urgente, necessária ou não...
E se nota no retrovisor a poeira deixada,
E se vê os rastros feitos na pista,
E se percebe o vulto do casaredo e das árvores
Passando pela janela feito espelho,
E, de súbito uma freada brusca,
Uma pessoa ou animal se atravessou
Na frente de rota seguida e se colidiu,
Se feriu e ou se matou tal transeunte
Sem sorte e sem noção do que ocorrera...
Sem dizer de quando se é tocado
Por um outro tal afoito e com pressa,
Ou que se toque em outro apressadinho tal,
Porque a velocidade cega e desatenciona,
Um segundo de distração e, pronto,
A fatalidade acontece, fere e mata...
E então se pergunta, pra que a pressa?
Se levou nove meses pra nascer,
Lógico que, a mamãe esteve com pressa
De que o nascimento chegasse logo,
Mas nada pode fazer para que se apressasse
O nascer do filho, e, quando nascido
Antes do prazo se tem problemas...
E se diz então, cada coisa é cada coisa
Com seus detalhes à observarem-se...