O IMENSO ACIDENTE CÓSMICO

Em 1953 ele ganhou a primeira Bíblia (dos protestantes) de uma coleguinha do curso ginasial, e em 1989 ganhou a segunda Bíblia (dos católicos) de um vendedor de livros. Ambas ficaram guardadas, pois um agnóstico convicto não se interessa por essas leituras.

O tempo passou, e no dia 4 de julho de 2002, em apenas 1 minuto, o agnóstico teve morte súbita, e nasceu instantaneamente um cristão totalmente independente, como um livro em branco, a ser preenchido dali em diante. Como definir um evento de tamanha magnitude e de tal profundidade? E o que dizer da sucessão de desdobramentos que ocorreram ao longo dos anos seguintes? Não há como fazê-lo, senão indicar os insights espirituais, intermitentes, não ordenados no tempo, que eclodiam como explosões instantâneas, com informações as mais inusitadas e contrastantes com os conhecimentos em circulação, como os responsáveis pela prodigiosa transformação. Nenhum ingrediente humano fez parte, em momento algum, do evento inicial e de toda a sua sequência.

A partir daí, ambas as Bíblias passaram a ser lidas e estudadas, mas sob a perspectiva e o direcionamento dos insights obtidos pelas concessões espirituais, que são compatíveis com a Doutrina da Graça, e não com as concepções espirituais humanas, pois a origem dos insights está na Theosophia, a Ciência das Ciências, a única que pode promover a justa conciliação entre os conhecimentos intuitivos e científicos.

A leitura e o estudo da Bíblia sob a orientação dos insights se desvincula do simbolismo, das fábulas e genealogias e das histórias bíblicas, enfatizando o estudo dos Profetas, a interpretação das parábolas e metáforas, penetrando no sentido subjacente à literalidade dos textos bíblicos, que é explorada convenientemente pelas denominações teológicas.

Como exemplo, temos a pequena Carta do quase invisível Judas, onde se lê: Judas 1:6 – Os anjos que não mantiveram seus domínios, mas deixaram sua própria habitação, ele os tem confinado nas trevas em algemas eternas, para o juízo do grande dia. Porém, neste pequeno texto, temos o único lugar onde está mencionado o que provocou o monumental acidente cósmico, que simplesmente ocasionou a existência do Terceiro Princípio inteiro, uma extrageração, com todas as suas galáxias e seus integrantes. Vejamos o acidente.

1 – Os vinte e três Príncipes Angélicos reinavam tranquilos, cada um no seu espaço, com as suas respectivas Legiões, glorificando o Senhor.

2 – Ocorria o nascimento do vigésimo quarto Príncipe Angélico, o belo e poderoso Lúcifer, e também o nascimento das suas Legiões, e o Universo estava em clima festivo, pois se completava a configuração do majestoso Carrossel Cósmico.

3 – Nasceu então o formoso Lúcifer, e como os demais, cumpria-lhe organizar as suas Legiões para a glória de Deus. Mas o plano de Lúcifer era mais ambicioso. Ele pretendia extrapolar o espaço que lhe fora destinado (Judas 1:6), ampliar a sua luminescência, juntando todos os Príncipes Angélicos e suas Legiões em um único corpo de luz, maior e mais poderoso que o próprio Filho Amado, que seria também subjugado, para a posterior transformação do Universo em um único corpo de Luz, eliminando o Segundo Princípio, ou a Energia Expansiva, e em seguida também o Primeiro Princípio, ou a Energia Atrativa, escura e indetectável, ou seja, o próprio Pai!

4 – O Pai, a Energia Atrativa que permeia inteiramente o Universo, imediatamente conteve o Príncipe insubordinado e suas Legiões que o apoiavam, reduzindo toda essa corporalidade a uma única massa contaminada, que viria a ser a matéria prima do ovo cósmico. Essa matéria prima recebeu uma poderosa injeção das essências do Filho (o olhar de Cristo) para agir na purificação da massa contaminada, completando o ovo cósmico, que foi comprimido até explodir, e iniciar uma extrageração cósmica, formando todas as galáxias com todos os seus integrantes. Essa injeção foi o sacrifício a que o Filho foi submetido, (Isaías 53:5,10 e Romanos 8:32) para que ao longo do percurso da Geração Cósmica, (a evolução) fosse executada a purificação da matéria contaminada.

5 – Para continuar atuando na purificação, o Filho assumiu também o lugar desocupado por Lúcifer, e ali permanecerá até a total separação do joio, a parte não purificada, (dois terços) e do trigo, a parte purificada, (um terço), relativamente ao Terceiro Princípio.

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6 – A massa do ovo cósmico, pulverizada no espaço adequado, submetida de forma contínua á atração convergente, à expansão divergente e à rotação envolvente, formou todas as galáxias com todos os seus respectivos integrantes. Interessa-nos neste contexto, a Via Láctea, onde está o Sistema Solar e o nosso belo Planeta Terra.

7 – Entre todos os ingredientes, ou essências, que formaram tudo o que estava dentro do ovo cósmico, como suas sementes ou informações essenciais, estava também, é claro, a espécie humana, que se desenvolveu até o que somos neste momento: o Homo Habilis.

8 – Essa evolução iniciou-se na explosão do ovo cósmico e desenvolveu-se ao longo de n’lhões de anos, juntamente com tudo o que compõe o Terceiro Princípio, cujo percurso, evidentemente, é inalcançável até pela nossa imaginação. Contudo, podemos imaginar o estágio que constituiu o Homo Primus, na figura de Adão, ainda adormecido no seu intelecto, equiparado a quaisquer dos outros animais. Nessa condição, ele vivia no “Paraíso”, obedecendo apenas os apelos dos seus instintos, quanto à sua sobrevivência e à preservação da sua espécie.

9 – A desobediência de Adão, apenas uma metáfora, concretiza-se quando entra em funcionamento o seu intelecto, e o retira do “Paraíso”, pois ele passa a raciocinar, toma conhecimento do bem e do mal, adquire a condição de fazer prevalecer o conhecimento sobre a força, e evolui para se tornar o “comandante” do Planeta Terra, dominando o reino mineral, vegetal e animal. Assim, morre o Homo Primus e nasce o Homo Habilis, o último estágio da evolução humana. Daí em diante, nada pode lhe oferecer resistência, a não ser ele mesmo, e em lugar do “Paraíso”, na Terra instala-se o inferno.

10 – O conhecimento racional do homem se amplia progressivamente, mas ele carrega consigo, como suas características intrínsecas e permanentes, a cobiça, a inveja, o orgulho e o ódio, cujos atributos voltam-se contra ele próprio, ocasionando a degradação do seu próprio Planeta, acelerando à sua autodestruição. Por fim, o próprio contexto físico do Planeta, conjugado com a falência dos valores éticos e morais, são integrados ao colapso total, reunidos à eclosão de grandiosos fenômenos naturais, que em conjunto determinarão o fim da Geração Cósmica, ou o fim do Terceiro Princípio inteiro. Como tribos rivais os homens se organizaram desde o princípio da sua existência, e como tribos rivais eles chegaram à conclusão da sua longa jornada na face da Terra. A única diferença foi a enorme ampliação do seu conhecimento, paralelamente ao seu grande poder de destruição. A Sabedoria ele não conseguiu adquirir, apesar de arrogante e ironicamente ele se autodenominar “Homo Sapiens”, cuja condição ele nunca conseguiu atingir. Não nos esqueçamos: um terço = 33,3% / dois terços = 66,6% (Apocalipse 13:18).

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 31/10/2017
Código do texto: T6158732
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