Grades
Ventos que cortam a pele
Sinto meu corpo sangrar
Um labirinto de vozes,
Estridentes gritos de horror
Algozes de um mundo sem controle
Sem ar, sem nenhum pudor
Alma que vaga nas multidões,
Gente que mais parece máquina
Elas não mentem, tão pouco têm mentes
Sementes de uma memória arcaica.
Assim segue o perecer,
Que mais parece um suave anoitecer
Sem nenhum parâmetro de qualidade.
As grades podem ser assustadoras,
Mas não há prisão mais assombrosa
Que viver preso na própria liberdade.