Cântico dos Cânticos. A História do amos de Deus pela igreja.

O Cântico dos Cânticos:

A História do amor de Deus pela igreja

Esta obra é direcionada a todos os cristãos que creem no amor de Deus pelo ser humano apesar de suas lutas interiores, aqueles que optam pelo amor a Deus crescem espiritualmente a cada dia, mas há aqueles que preferem viver egoisticamente, esquecendo-se de Deus, ao menos na fase em que se encontra, e por consequência deixa de amar ao próximo.

O amor puro do casal a que este livro se refere, é o amor simples do dia a dia e suas dificuldades e dúvidas, o Pastor que representa Jesus Cristo é apresentado muito humano, amoroso e incansável em sua busca.

A pastorinha que representa a igreja, ama, mas é inconstante, deixa de amar dando desculpas ou fugindo, somos nós hoje ainda.

Introdução

O chamado de Deus para qualquer um dos dons é feito de forma sutil, Ele gosta que ouçamos sua voz como um Pai que chama seus filhos para uma atividade familiar.

Este livro em especial mexeu comigo e mexerá com o leitor porque fala de um amor puro e sincero, que nos questiona, pois, o mundo atual dificulta a vivência deste amor, veremos que entre o casal há períodos de crise que representam as divergências entre aquEle a que amamos e sua igreja. A menção de fatos para ilustrar as ideias que surgem a partir dos versículos do livro analisado são colocados para dar ao leitor uma melhor compreensão das mensagens implicitas

AGRADECIMENTOS

Escrevi este livro incialmente porque era um grande desafio, um tema tão pouco explorado, mas de tanta beleza, depois, a paixão pelo texto deixou-me perplexo diante de uma história tão cheia de mistérios na qual fui me envolvendo em cada página que escrevia; nesta caminhada de escritor, com a missão de passar ao leitor a mensagem, tive a participação que tornou possível a elaboração desta obra de um grande amigo, Fernando César da Veiga a quem quero agradecer.

Agradeço ainda à Comunidade Religiosa de Taubaté; ao meu filho Leandro que manteve um diálogo enriquecedor que muito me ajudou neste trabalho.

E ainda ao apoio de minha mãe que sem- pre está comigo, e à minha companheira que participa de meus trabalhos ouvindo-me com atenção e em silêncio dando-me força para exercer profissão que possui tão pouco apoio em nossa nação.

E, principalmente a Deus que me permitiu divagar sobre tão belo livro, dando-me a orien- tação necessária para agora dar ao leitor a alegria de tão maravilhosa experiência de encontro com aquele a quem amamos.

Boa leitura.

O autor.

PREFÁCIO

Esta obra fala do amor de Deus pela igreja, entendamos que esta seja o conjunto de todas as pessoas que amam verdadeiramente, pois esta é a lei maior do evangelho de nosso Senhor, aquele a quem amamos.

A pastorinha, retrato da igreja no livro sagrado que estaremos analisando, seduz o pastor que a busca a todo o momento, pela sua beleza e as qualidades que possui, esta apesar de arredia sempre vai ao encontro de seu amado.

A aventura de um casal, que é o espelho da história da igreja; tem todo um aspecto profético que como veremos realizou-se plenamente.

Uma história escrita a milhares de anos que nos ensina que o verdadeiro amor é feito de conquistas diárias, e este fato nos é colocado para que entendamos a paciência daquele a quem amamos com a sua esposa, a igreja.

Um dia ambos entrarão juntos no Reino para todos preparado.

Boa leitura.

 

A história do amor de Deus pela Igreja:

Cântico dos Cânticos

de Salomão

Este livro será analisado a partir do autor sob a orientação de teólogos e também sob uma visão cristã desprovida de direcionamento religioso, O Cântico dos Cânticos é um livro sagrado, e faz parte dos livros que formam a Bíblia, possui a estrutura de um pequeno poema com o teor de um canto de amor entre Deus e a Igreja.

Tem ainda a estrutura de uma parábola que inicia com a história de dois amores, uma ingênua pastorinha, a Sulamita que ama um jovem pastor que a corresponde e que o Rei tenta seduzir, mas ela sempre mantém a fidelidades apesar das riquezas de Salomão.

Inicia com uma frase amorosa de apelo da amada pela atenção do pastor:

A sensualidade das palavras mostra um amor intenso, no qual vemos o amor de Deus pela igreja que cabe lembrar, na época eram os judeus, e após a vinda de Cristo juntam-se a estes os cristãos e aqueles que vivem o amor ou o buscam de coração mesmo sem conhecê-Lo.

O amor é traduzido em ações que demonstram a verdade do sentimento, e aqui é representado pelo beijo, é o agir cristão que não nega seu amor a Cristo.

O diálogo com Jesus:

Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se Dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio”.

Observe que eles tinham liberdade em conversar com Cristo, e Ele os orientava atenciosamente com amor.

A obediência a Jesus:

Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a benção, partiu os pães, e os deu aos discípulos: os discípulos distribuíram às multidões.

Aqui vemos que apesar de não compreende-rem quem era Jesus- eles só vão crer realmente após a ressurreição- obedeciam-no e se alegravam: Deus visitara o seu povo!

A confiança em Jesus:

Jesus respondeu: “Venha”. Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. Mas ficou com medo quando sentiu o vento e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me”.

Mateus, cap. 14, vers. 29-30

Segue o segundo versículo que além de demonstrar amor afirma que este é compartilhado pelas donzelas, é o amor cristão que é tão forte quanto a amor conjugal verdadeiro e fiel, donzelas são as almas puras, a igreja sob a graça- perdão de nossos pecados através do sangue de Jesus.

Agradáveis ao olfato são os teus perfumes. Aroma suave é o teu nome, por isso te amam as donzelas. (Estas são as almas puras, santas, as comunidades que buscam ao Senhor).

Cântico dos Cânticos 1,3

O perfume refere-se à presença de Cristo, é o perfume que atenta para a presença da pessoa amada, é o Deus conosco, é a palavra do Senhor que ecoa por todos os cantos, outrora levada pelos profetas, e, em nossos tempos por estes e através dos apóstolos e os livros que compõem o Novo Testamento deixado por Jesus Cristo que os inspirou.

O “teu nome” refere-se à pessoa de Jesus que tem um nome acima de todo nome, elevado às alturas pela morte na cruz, preço pago pela obediência a Deus e para a remissão dos pecados inaugurando o período da graça que chega também aos não judeus: pagãos e gentios.

Por isso, Deus o exaltou grandemente lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na Terra e sob a terra.

“Ditosos são os olhos que veem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvirem o que vós ouvis, e não ouviram”.

Lucas cap. 10 vers. 23b-24

Jesus Cristo nos alerta que o amor de Deus estava sendo demostrado em sua plenitude através Dele, a ponto de entregar a própria vida como prova deste amor. Por isso o amor a Ele era tão intenso, muitos deixavam tudo para segui-Lo, pois sabiam quem Ele era realmente: o Filho de Deus, o Filho do Homem como Ele mesmo se intitulava.

O versículo seguinte é de difícil interpretação, mas caro leitor, veja a beleza dos versos e a grandeza de sua mensagem.

A afirmação de que o Rei introduziu a pastorinha em seus aposentos leva o leitor a crer que ela fora seduzida, mas em seguida vem a negativa quando a pastorinha e demais donzelas afirmam que estarão com o amado, é a entrega da igreja nas mãos do Senhor, uma relação de amor que demonstra dependência entre estes, mas veja que a pastorinha respeita o rei que simboliza aqui o antigo testamento, que teima em não aceitar o Messias pregado por Isaias, Jeremias e tantos outros profetas, os judeus esperavam um reino eterno conquistado com as forças das armas, mal sabiam que seria um reino espiritual conquistado bravamente por um Reino de Sacerdotes e de santos, é o trabalho que até hoje temos para lutar contra o inimigo que ruge em busca de sua presa. Todas as igrejas têm como trabalhos principais ir ao encontro daqueles que estão distantes do Senhor e ao mesmo tempo celebrar as conquistas diárias nos cultos e celebrações, onde adoramos ao nosso Deus.

Destaca-se ainda a frase final do versículo: “Quanta razão há de te amar!”.

Apesar de a atualidade mascarar este amor entre Deus e os seus filhos, tentemos olhar para a realidade a partir dos olhos do Senhor.

O pai que trabalha e chega à casa cansado, preocupado, joga-se no sofá a espera do carinho dos filhos, da esposa, do cachorrinho, cena comum do povo de Deus que tem muito valor diante do Senhor que o observa com amor, o mesmo amor que sente por aquele que chega irritado, nervoso, mas consciente de que vai dar tudo certo por que confia no Senhor, e ainda o mesmo amor por aquele que não tendo crescido no caminho cristão chega a casa fazendo tudo errado, e se afunda ainda mais em seus problemas, que já não são poucos; é a este que devemos chegar, não discriminá-los como a sociedade o faz, é a ovelha perdida que precisa aprender o caminho que leva à salvação, e se você cristão, nega as suas mãos que neste caso são as “mãos de Deus” nunca se chegará às ovelhas que Ele quer resgatar das garras do inimigo.

Muitos cristãos vão ler o texto acima e poderão discordar, mas reflitamos sob a luz do evangelho e veremos que é a nossa missão:

“Digo-vos a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam”.

Lucas cap. 6 vers. 27-28

“Sede misericordioso, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não serão condenados, perdoai e sereis perdoados, dai e vos será dado”.

Lucas 6, 36-37

Por vezes não acolhemos pessoas que para o Senhor tem um imenso valor, e sabemos o quanto Deus é misericordioso com quem acolhe os seus pequeninos.

“Nabal respondeu aos moços: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Hoje em dia existem muitos servos que fogem do seu patrão”.

I Samuel 25,10

Sabemos da importância histórica de Davi, aqui é distratado por Nabal que coloca sobre ele uma forma de preconceito, desculpa usada até hoje, mesmo por muitos cristãos, todos são importantes para o Senhor, todos somos convidados para o banquete do Cordeiro.

Fiquemos alegres e contentes, e demos glória a Deus, porque chegou o tempo das núpcias do Cordeiro.

Sua esposa já se preparou.

Apoc. Cap. 19, v. 7

E não adianta fugir desta missão como fez Jonas que ao invés de ir a Nínive como lhe indicara o Senhor, fugiu; Deus o resgatou e levou-o para que completasse sua missão e ao pregar levou todo o povo ao arrependimento. Quando fugimos, nos entristecemos, pois se Deus nos dá uma missão é por que confia em nós, deves agradecer a Ele por usá-lo a favor de um irmão.

No versículo seguinte conheceremos melhor a pastorinha, nossa personagem que encanta a alma do leitor, pela profundidade de sua mensagem.

Sou morena, porém formosa, filhas de Jerusalém, morena como as tendas dos cedarenos, formosa como as cortinas de Salomão.

Cântico dos Cânticos 1,5

A nossa pastora tem a tez queimada pelo sol, resultado de sua atividade ao cuidar de cabritos, mas o texto frisa a formosura, a beleza que atrai o seu amado.

As nossas atividades cristãs também fazem isto conosco, deixam marcas em nossa face: a alegria; em nosso modo de agir: sempre de mãos estendidas para ajudar a quem precisa; em nosso falar: manso e humilde, sem pré-julgamentos, deixando o Espírito do Senhor fazer seu trabalho, sem colocar jugos sobre ombros já sofridos.

Não repareis por ser eu morena, pois foi o sol que me bronzeou. Os filhos de minha mãe, irritados contra mim, puseram-me a guardar as vinhas, não soube guardar a minha própria vinha.

Cântico dos Cânticos 1,6

Os filhos de Israel não aceitam a igreja nascente e põem o fardo de seus preceitos (irritados contra mim...) sobre aqueles que seguem o Messias, a igreja nascente sente-se fraca (não soube guardar...) diante de sua missão (são perseguidas) e os anticristos dividem as igrejas, mas veremos no versículo seguinte que a pastorinha vai ficar próxima dos demais rebanhos, é o trabalho do Espírito Santo que busca a unidade do rebanho sob o reinado de um só Pastor.

“Eu quero contar para meu amigo seu canto de amor a respeito de sua vinha”. Meu amigo possuía uma vinha em uma colina fértil.

Ele a cavou e tirou dela as pedras, plantou-as de cepas escolhidas. Edificou lhe uma torre no meio e construiu ai um lagar. “E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço”.

Isaias cap. 5 vers. 01

Era esta a situação do povo de Israel quando veio o Deus conosco. Apesar de todo o trabalho do Senhor, Israel só produziu agraço, uvas ruins. Estes dificultavam trabalho do Senhor que apesar de tudo venceu.

O versículo abaixo ilustra esta situação:

Os fariseus e os doutores da lei murmuravam, e diziam aos discípulos de Jesus: “Por que vocês comem e bebem com os cobradores de impostos e com pecadores?” Jesus respondeu: “As pessoas que tem saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, e sim os pecadores ao arrependimento”.

Lucas cap. 5 vers. 30-31

Veja que ao invés de apoiá-Lo o atacam, isso porque Ele não era o que eles esperavam, tinham mentalizado um Messias e não conseguiam encontrá-lo em Jesus, assim somos nós hoje, formamos uma ideia de Deus e nos acostumamos a ela, quando nos trazem a verdade, desprezamos porque esta provocaria mudanças radicais em nossas vidas.

Dize-me ó amado do meu coração, onde apascentas o rebanho, onde o levas a repousar ao meio- dia, para que eu não ande vagueando atrás dos rebanhos dos teus companheiros.

Se não o sabes, ó formosa entre as mulheres! Segue as pegadas dos rebanhos e apascentas as tuas cabritas atrás da cabana dos pastores.

Cântico dos Cânticos 1,7-8

Estas são partes de uma poesia com linguagem muito antiga, por isso a dificuldade de entendimento.

Todo o rebanho, entenda-se, os cristãos e aqueles que vivem o amor e a justiça, caminham para um mesmo lugar, pois Jesus Cristo é a única forma de chegar ao Pai; exceto os rebanhos dos falsos profetas que são enganados e caminham na noite e não ao meio dia, ou seja, sob a luz de Cristo que ilumina a todos.

É preciso frisar que toda obra feita em nome de Cristo passará pelo fogo:

Se alguém constrói sobre o alicerce com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, capim ou palha, a obra de cada um ficará em evidência. No dia do julgamento, a obra ficará conhecida e o fogo provará o que vale a obra de cada um.

Se a obra que alguém edificou permanecer, esse receberá galardão.

Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como quem escapa de um incêndio.

1 Cor 3, 13-15

A uma das éguas do faraó eu te comparo, ó minha amada!

Graciosa são as tuas faces entre os brincos, e o teu pescoço entre as pérolas! Faremos para ti pendentes de ouro cravejados de prata.

Cântico dos Cânticos 1,9-11

Estes versículos do poema são palavras do rei que tenta seduzir a pastorinha com promessas de adornos, joias, riquezas, símbolo de todas as tentações que sofre a igreja em sua caminhada. É certo que é um texto atípico para a nossa época, mas de simples entendimento quando visto do período em que foi escrito.

Compará-la a uma das éguas do faraó é o mesmo que hoje dizer à mulher amada que ela é um avião, por exemplo, gíria comum aos nossos dias.

Vemos aqui que apesar das tentativas de sedução a pastorinha exala a presença de seu amado (fragrância) e o rei percebe que o coração dela pertence a outro. O rei sai de cena e ela volta ao seu amado. Ela passa a elogiar àquele que realmente ama.

Este texto é para ser entendido como a negação de todas as tentações, os ídolos, as ideias que não estejam de acordo com as verdades apresentadas nos livros sagrados. A Igreja faz a opção pelo amor.

O meu amado é para mim uma bolsinha de mirra, que repousa sobre o meu peito.

Cântico dos Cânticos 1,3

O meu amor está impregnado em mim (bolsinha de mirra), todo o meu ser deseja a presença daquele a quem amo.

Vemos esta situação em momentos em que se busca o Senhor e aquele que o encontra quer levar a todos a mensagem: “Ei-lo”.

“O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. Eis que conceberás e darás a luz a um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai, Davi, e reinará eternamente na casa de Jacó, e seu reino não terá fim.

Lucas cap. 1, 30-33

Donde me vem a honra de vir a mim a mãe do meu Senhor? Pois, assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.

Lucas cap. 1, 43-44

“Eis o Senhor Deus que vem com poder estendendo os braços soberanamente”

Eis com Ele o preço de sua vitória, faz-se preceder pelos frutos de sua conquista, como um Pastor vai apascentar o seu rebanho, reunir os animais dispersos, carregar os cordeiros nas dobras de seu manto, conduzir lentamente as ovelhas que amamentam.

Isaias cap. 40, vers. 10-11

São versículos que demonstram a alegria de ter Jesus conosco, e também a alegria Dele em vir a nós.

O mundo anseia conhecer a Cristo, faltam pastores que levem o rebanho a conhecê-Lo, vemos a cada dia as transformações efetuadas pela riqueza das palavras do Senhor nas comunidades que vivem como cristãos, quanta alegria traz a presença daquEle a quem amamos, e quão difícil é viver longe de sua presença.

Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa, por que é preciso que eu fique hoje em tua casa”. Ele desceu a toda pressa, e recebeu-o alegremente.

Lucas cap. 19, 5-6

A sequência dos fatos acima nos mostra o quanto Zaqueu precisava sentir-se acolhido por Jesus, ele já tinha em mente tudo que queria dizer a Ele, e já sabia de antemão que o Senhor não o acusaria, mas sim aceitaria de bom grado o coração que iria entregar, e assim foi o povo estava aprendendo a deixar-se recolher aos braços do Pastor.

Jesus questionava o povo que ainda o rejeitava. Apesar de verem tantos sinais do amor do Pai que realizava através Dele, não o recebiam.

“E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão a qual há dezoito anos satanás tinha presa? E, dizendo isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feita por Ele.”

Lucas cap. 13, vers. 16-17

A insensibilidade com as necessidades primárias do ser humano (alimentação, saúde e educação) é uma afronta a Jesus que desde o início demonstra a misericórdia do Pai para com os seus.

Vemos, no entanto, a alegria do povo ao ver um “profeta” que não levava em conta o pecado da pessoa, pelo contrário, ia à procura destes, que eram vistos como malditos diante de Deus, para Jesus eram as ovelhas desgarradas que viera resgatar, Ele faria de cada um dos seus, um templo vivo consagrado ao Senhor.

“O meu amor é para mim uma panícula de alquema (um cacho de cipro florido) florescida nas vinhas de Engadi” (bonito oásis, cidade junto ao Mar Morto onde Davi se recusou a fazer mal a Saul).

Cântico dos Cânticos 1,14

A pastorinha compara o amado a um arbusto com belíssimas flores brancas em meio às vinhas- que como já vimos simboliza o povo de Israel-esta situação é um símbolo da luta entre o velho e o Novo Testamento (Saul e Davi), o anterior sob a aprovação do Senhor (Saul era ungido), mas que foi aperfeiçoado pelo Messias (vindo da casa de Davi).Mas agora, morrendo para aquilo que nos aprisionava, fomos libertos da Lei, a fim de servirmos sob o regime novo do Espírito, e não mais sobre o velho regime da letra.

Romanos cap. 07, vers. 06

Quão belo és meu amado, quão gracioso és! O nosso leito, é um leito verdejante.

Cântico dos Cânticos 1,15-16

Uma belíssima troca de elogios é o amor de Deus pela igreja à qual repreende quando preciso, mas com amor e preocupação de esposo:

Jesus (o esposo) manda João escrever aos anjos das igrejas:

A Éfeso:

Tens perseverança, sofreste por meu nome e não desanimaste.

À Esmirna:

Eu conheço a tua pobreza- ainda que sejas rico-,...

À Pérgamo:

Ao vencedor darei o maná escondido, e lhe entregará uma pedra branca, na qual está escrito um nome novo que ninguém conhece, senão aquele que o receber.

À Tiatira:

Conheço tuas obras, teu amor, tua fidelidade, tua generosidade, tua paciência e persistência, e as tuas últimas obras que excedem as primeiras.

À Sardes:

O vencedor será assim revestido de vestes brancas, jamais apagarei o seu nome do livro da vida, e o proclamarei diante de meu Pai e dos seus anjos.

À Filadélfia:

Conheço as tuas obras: Eu pus diante de ti uma porta aberta que ninguém pode fechar por que apesar de tua fraqueza, guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome.

E à Laudicéia:

Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois o teu zelo e arrepende-te.

Todos os versículos acima são Palavras de Amor de Deus pela Igreja, às vezes são duras, mas são Palavras de um Esposo que ama. O que o Senhor diria hoje à igreja da qual participamos? Será que estamos vivendo o amor e a justiça ou estamos utilizando da discriminação para fugir de nossa missão?

“Fiquemos alegres e contentes, e demos graças a Deus, porque chegou o tempo das núpcias do Cordeiro”. Sua esposa já se preparou.

“de cedro as vigas de nossa casa, de cipreste é o nosso teto”.

Cântico dos Cânticos 1,17

A estrutura da casa é forte, feita com as melhores madeiras, mas a citação de suas qualidades denota o desejo de se unir ao seu amado.

Eu sou um narciso da planície, um lírio dos vales.

Como um lírio entre espinhos, assim é a minha amada entre as donzelas.

Cântico dos Cânticos 2,1-2

O amado se apresenta como uma flor (narciso) entre as planícies, um lírio nos vales, estas se destacam e são observados pela amada, é o caminho sendo preparado para o encontro. Vemos que em seguida usa-se a palavra lírio também para a esposa, mas esta entre espinhos denota-se a situação de dificuldade da igreja em sua caminhada, esta unidade de representação é compreendida nos versículos:

Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Saulo disse: Quem és, Senhor? Respondeu Ele: Eu sou Jesus a quem tu persegues.

Atos, cap. 9 vers. 4-5

Veja que neste texto, Jesus toma o lugar da igreja “porque me persegues”? E sabemos que a perseguição era contra os cristãos. Hoje ainda temos uma situação semelhante de perseguição, só que muitas vezes de forma mais sutil.

Quando você, cristão, não tem seus direitos assegurados sofres perseguição, e isto ocorre dentro de empresas, em leis que alimentam a injustiça, em leis que maquiam crimes, nas ruas, em casa; como seria bom se pudéssemos servir ao Senhor livremente, mas a sociedade não é cristã e sabemos disto, no entanto Jesus falou ao Pai: “Não quero que os tire do mundo”, ou seja, sempre conviveremos com a sociedade pecadora, cabe a nós denunciar esta realidade, orar por todos e ser fermento cristão que transforme cada dia mais o povo escolhido do Senhor na noiva que um dia será recebida na glória. Esta luta interna o apóstolo Paulo cita muitas vezes, vejamos uma destas passagens:

Sabemos muito bem que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que o corpo de pecado fosse destruído e assim não sejamos mais escravos do pecado. De fato, quem está morto, está livre do pecado. Mas, se estamos mortos com Cristo acreditamos que também viveremos com Ele.

Rom. Cap. 06 vers. 6-8

Qual macieira entre plantas agreste, tal é meu amado entre os jovens, à sua sombra, sôfrega, me assento e o seu fruto me é doce ao paladar.

Cântico dos Cânticos 2,3

A sombra da macieira é muito procurada devido a ter uma copa fechada e pela sua grande quantidade de folhas, sentar-se à sua sombra quer referir-se a estar sob as asas do Senhor onde a igreja toma folego em sua caminhada e a sofreguidão, ou impaciência refere-se ao desejo da igreja ser renovada totalmente e Jesus vir com o Reino Eterno que todos aguardamos. O doce fruto é a Palavra do Senhor que alimenta a igreja e que refletimos em nossa caminhada.

Introduziu-me na cela de vinho (adega), e desdobrou sobre mim o estandarte do amor.

Restaurou-me com uvas passas, reanimou-me com maças, porque estou ferida de amor.

Cântico dos Cânticos 2,4-5

Nestes versículos temos simbolizadas novamente as tentações sofridas pela igreja, o vinho, que aqui substitui a verdadeira alegria, pois não o cita no sentido positivo, mas negativo, a fim de seduzir a pastorinha com um amor que não é o que ela deseja. Ela desfaz de tal intento e pede que a ajude, porque está ferida de amor.

Há no texto a luta entre o verdadeiro amor e aquele marcado por regras pesadas que tanto Jesus combateu, sabemos que Ele completa a lei e a aperfeiçoa.

A sua esquerda enlaça-me a cabeça, e a sua direita abraça-me.

Cântico dos Cânticos 2,6

A ti está ligada a minha alma, a tua direita me sustenta.

Salmo, 63(62) v. 9

Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas ou pelas corças do campo, não perturbeis, nem acordeis o amor até que ele o queira.

Cântico dos Cânticos 2,7

A amada joga-se nos braços do amado e descansa, é o final da criação mais esperada do Pai: “os seus filhos”, através de Jesus Cristo que remiu o ser humano e nos deu o Espírito Santo.

“Pois, todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. Portanto não recebestes um Espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba! Pai!

Rom. Cap. 08, vers. 14-15

É o que muitos teólogos chamam de o sétimo dia da criação.

Cena II

Na campina:

Escuta, ó meu amado! Ei-lo que vem, saltitando pelos montes, saltando pelos outeiros, semelhante a uma gazela, o meu amado ou a um cevato.

Cântico dos Cânticos 2,8-9 a

Nesta cena a pastorinha escuta ao longe a chegada do seu amado.

Indomável como uma gazela ou um cevato que são animais impossíveis de se domesticar, comparação esta feita devido à presença do Espírito Santo, o vento que sopra e ninguém sabe de onde vem e para onde vai, Jesus agora deixa o seu paráclito que nos guiará pelo caminho até Cristo.

Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. Mas Jesus logo lhes falou: Coragem! Sou Eu. Não tenhais medo!

Mateus, 14 vers. 26-27

Jesus dá uma demonstração de sua divindade e trata com carinho dos apóstolos que se assustam, prepara-os para a ressureição, como um grande educador mostra-se aos poucos para que confiem sempre. Faz o que deseja, passeia sobre a obra de suas mãos.

Ei-lo atrás de nossa parede, olhando pela janela, espreitando através das grades.

Cântico dos Cânticos 2,9b

O Espírito do Senhor no dia de Pentecostes aguarda “ansioso” pela vinda aos nossos corações, e Jesus promete que Ele ficará conosco até o fim dos tempos.

O Espírito e a esposa dizem: Vêm!

Possa aquele que ouve dizer também: Vêm!

Aquele que tem sede, venha!

E que o homem de boa vontade, receba gratuitamente, da água da vida!

Apoc. Cap. 22, vers. 17

No entanto Eu vos digo a verdade: É bom para vós que Eu vá, se Eu não for o Defensor não virá a vós. Mas, se Eu for Eu o enviarei a vós. Quando Ele vier acusará o mundo em relação ao pecado, a justiça e o julgamento. João 16, 6-8

O meu amado tomou a palavra e disse-me: levanta-te minha amada, formosa minha, e vem, “pois vê, o inverno já passou , a chuva cessou, desapareceu.”

Cântico dos Cânticos 2,10-11

Após o pentecostes o Espírito do Senhor chama a sua igreja, a fortalece, e anuncia que estará com ela na caminhada, mostra-lhe que os obstáculos apesar de existirem não a derrubarão pela força de Deus que caminha conosco.

Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as forças do inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Mateus cap.16 vers. 18-19

As forças que impediam o cumprimento das profecias tinham sido derrotadas na cruz. Agora é o tempo de fazer com que os homens desejem o Reino de Deus e o busquem.

Desabrocham as flores pela campina, chegou o tempo da poda, ouve-se pela região o arrulhar da rola. A figueira lança os seus rebentos, as vinhas em flor exalam seu perfume, levanta-te minha amada, formosa minha e vem.

Cântico dos Cânticos 2,12-13

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas.

Mateus cap.11, vers. 28-29

Jesus nos chama: apóstolos, discípulos, pecadores, cansados, doentes, presos, veja com quanto amor Ele nos intercepta, não deixe que o maligno o cegue, vá ao encontro de tão grande amor.

Pomba minha, nas fendas da rocha, nas gretas das penhas escarpadas dá-me a contemplar o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e encantador é o teu rosto.

Cântico dos Cânticos 2,14

Estamos aqui diante de versículos que profetizam a crise da igreja diante do Senhor, ela se esconde nas fendas das rochas, a igreja não age de acordo com a palavra do Senhor, mas Ele sempre separa para si um resto que lhe é fiel, entre crises e demonstrações de amor a história da Igreja se estende, muitos são perseguidos até mesmo por membros da própria Igreja como fez Paulo apóstolo, por exemplo, antes de se converter.

Mas como vimos Deus não desiste, anseia em ouvir novamente a voz de sua amada e ver o teu rosto.

É a oração sincera dos cristãos, são os atos de amor ao próximo que são apresentados ao Senhor.

Então Eu disse: Eis que venho, no rolo do livro está escrito a meu respeito, que Eu cumpra a Tua vontade. Meu Deus é isto que desejo, tua lei está no fundo do meu coração.

Salmo, 40(39), 8-9

Caçai-nos (apanhai, pegai) as raposas e as raposinhas que danificam as vinhas, as nossas vinhas em flor.

Cântico dos Cânticos 2,15

O trabalho do Espírito Santo é derrubar as barreiras que impedem a unidade dos cristãos, as raposas que atacam o povo do Senhor; Deus coloca no poder e Deus tira, Deus faz e Deus desfaz, estamos à mercê de seus desejos.

O meu amado é para mim e eu para ele, que apascenta entre lírios.

Cântico dos Cânticos 2,16

Veja que em versículo anterior ele era o lírio na planície, agora ele apascenta entre lírios, entende-se, portanto, que antes era Ele diante de Deus, o Filho único, hoje estamos junto Dele, pois recebemos a filiação. É Cristo presente na história, como prometeu.

Este versículo nos transporta ao jardim do Éden aonde o Senhor ia ao cair da tarde (... pela viração do dia.... enquanto sopra a aragem.), após o pecado esconderam-se da presença do Senhor. É um chamado de volta ao jardim (volta meu amado), trabalho que será feito pelo Espírito Santo. (sê com a gazela, ou seja, junto). Jesus é o primeiro a fazer o caminho de volta e tornou-se o caminho para todos nós.

Capítulo 3

Busca noturna

No meu leito, durante as horas noturnas busquei o amado em meu coração.

Levantar-me-ei e darei volta pela cidade, buscarei o amado do meu coração.

Procurei-o e não o achei.

Cântico dos Cânticos 3,1-2

A ti estendo as minhas mãos, como a terra seca anseio por ti.

Responda-me logo, Senhor, pois meu espírito me abandona. Não me escondas teu rosto,...

Salmo 143(142), 6-7a

São as duras provações da Igreja, imersa no pecado perde a sensibilidade de sentir a presença do Senhor, o próprio Jesus passou por isso na cruz quando disse: Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste?

Por que Ele disse isto? O Pai Dele havia abandonando-o? É claro que não! Mas o pecado faz isto conosco, dá-nos a impressão de que o Pai nos abandonou, mas sabemos que nunca Ele o faria, seu amor é infinito e não depende de nós, Ele é amor.

Para encontrar-se com o Senhor não basta procurá-Lo, é preciso querer realmente encontrá-Lo, Ele é o nosso tesouro escondido, devemos buscá-Lo acima de tudo.

Tu és o mais belo dos homens, nos teus lábios se espalha a graça, por isso Deus te abençoou para sempre.

Salmo 44(45), 3

Quer servir ao Senhor? Parece uma questão simples, mas aquele que olha para trás não é digno Dele.

Encontraram-me os guardas que rondam a cidade. “Vistes, acaso, aquele que meu coração ama”? Mal os tinha ultrapassado, quando encontrei o amado de meu coração; abracei-O e não o deixava, até introduzi-lo na casa de minha mãe, no quarto daquela que me deu a luz.

Cântico dos Cânticos 3,3-4

Os versículos tem um significado muito especial: A Igreja, muitas vezes se distanciou do Senhor, às vezes o procuram em lugares onde certamente não o encontrariam, buscam o Senhor por caminhos que não foram traçados por Ele, mas quando novamente chegam à consciência voltam para Ele verdadeiramente e não quer mais deixá-Lo, tal a alegria em reencontrá-Lo.

Eu vos conjuro, mulheres de Jerusalém, pelas corças e gazelas dos campos, que não desperteis nem façais acordar o amor.

Cântico dos Cânticos 3,5

Por causa da miséria dos pobres, por causa do gemido dos necessitados agora me levanto, diz o Senhor; levarei a salvação a quem deseja.

Salmo 12(11), v.6

Veja qual foi o motivo que fez acordar o amor: a miséria dos pobres, gemido dos necessitados. Se Jesus veio a nós por estas causas, é porque temos de ter a mesma visão do nosso Amado.

Capítulo 3 – Cena III

Salomão em todo seu esplendor

Que é isto que sobe do deserto entre colunas de fumaça, exalando mirra e incenso e toda espécie de aromas de perfumaria?

Eis a Corte de Salomão; escoltado por sessenta valentes, dentre os mais valorosos de Israel.

Todos manejam a espada adestrados para a liça; cada um leva a espada cingida para enfrentar os perigos noturnos.

Cântico dos Cânticos 3,6-8

Estes versículos mostram a grandeza de Salomão que aqui é o símbolo do poder no antigo testamento, mas observe que não há palavras que desdenham dele, mas como já vimos mesmo diante do rei a esposa fez a opção pelo amado que é um simples pastor, que é tudo o que ela quer, é a Igreja fazendo a opção por Cristo.

Jesus, o Pastor que todos aguardavam con- quista novamente o coração de sua amada.

Veremos nos versículos a seguir o porquê de o povo de Israel ter rejeitado o Messias:

O Rei Salomão ergueu para si um baldaquim (Trono com luxuosa decoração) de madeira do Líbano.

Fez-lhe as colunas de prata, e de ouro o espaldar, o assento de púrpura, e bordou o interior com cenas de amor.

Cântico dos Cânticos 3,9-10

Vemos aqui uma crítica ao poder dos fariseus que tomaram para si, usavam este para dominar o povo, tudo que fazemos é para Deus e não para si, não podemos nos vangloriar nem do poder, nem dos dons, nem de nós mesmos diante do Senhor.

E tudo o que fizerdes ou disserdes, que seja sempre no nome do Senhor Jesus, por Ele, dando graças a Deus Pai.

Colos. 3, 17

Os ornamentos seduzem os fracos por isso os fariseus ficaram presos às suas tradições e não aceitaram a Jesus como o Messias, grande parte do povo, no entanto seguiam-no, ouviam suas palavras e aceitavam seu perdão, e isto é o que fazia a diferença por que eles aceitavam que eram pecadores, é o que o Senhor quer; que assumamos nossos pecados e nos arrependamos, ao contrário os fariseus se autoproclamavam como homens perfeitos por que seguiam as regras do livro e Jesus os questionava a fim de leva-los ao verdadeiro enten- dimento, sentiam-se afrontados e ao invés de aceitar as palavras do Senhor resolveram matá-lo.

Observe Jesus não se deixaria matar, pois iria cumprir sua missão primeiramente, mas no coração deles o fizeram, é certo que historicamente muitos fariseus se arrependeram e passaram a aceitá-Lo com Senhor e Salvador, mas outros o mataram em si mesmo primeiramente.

Vinde donzelas de Jerusalém! Contemplai, ó filhas de Sião, o Rei Salomão com o diadema com que coroou sua mãe, no dia dos seus esponsais, no dia do júbilo do seu coração.

Cântico dos Cânticos 3,11

Este versículo nos traz a opção de Salomão pelo pecado, a singela pastorinha ao qual o rei queria seduzir vê a cena e novamente opta pelo seu amado, não se deixa atrair pela pomposidade da Corte, Salomão vangloriava-se das suas uniões com as esposas que tinha (eram quase mil somando-se as concubinas), estas não tinham aprovação de Deus que o havia proibido de unir-se a mulheres de outros povos devido a estas terem deuses que não eram deuses, nosso Deus é ciumento devido ao grande amor que tem por nós.

Capítulo 4

Os encantos da esposa

Tu és bela, minha querida, tu és formosa!

Através do teu véu os teus olhos são como pombas, teus cabelos são como um cacho de cabras, descendo impetuosas pela montanha de Galaad.

Teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas que saem do banho;

Cada uma leva dois cordeirinhos gêmeos, e nenhuma há estéril entre elas.

Teus lábios são como um fio de púrpura, e graciosa é a tua boca.

Tua face é como um pedaço de romã debaixo do teu véu;

Teu pescoço é semelhante à Torre de Davi, construída para depósito de armas;

Mil broquéis dela pendem, todos os escudos dos heróis,

Os teus seios são como dois filhotes gêmeos de uma gazela, que pastam entre lírios.

Antes que sopre a brisa do dia, e se estendam as sombras, irei ao monte de Mirra, e à colina de incenso;

É toda bela ó minha amada, e não há mancha em ti.

Cântico dos Cânticos 4, 1-7

Este capítulo é quase integralmente dedicado à amada, mas temos um elemento novo que nos levará à maravilha do messianismo.

No versículo seis temos duas hipérboles que nos dão uma mensagem de valor imenso... irei ao monte de mirra..., um monte de perfume riquíssimo que simboliza a presença eterna de Cristo em nosso meio, e para onde olhamos ao lembrar-se do sacrifício de Cristo? Para o calvário.

“Quando me levantarem atrairei todos a mim”

Ao mesmo tempo o autor usa a expressão: “colina de incenso”, que simboliza a oração, com a morte na cruz e através de Jesus nossas orações chegam ao Pai.

“Pedi e recebereis.”

Outra grande riqueza aparece no versículo sete... e não há mancha em ti...antes de o dia se por o Senhor Jesus se apresenta ao Pai e leva consigo nossas orações e também a igreja sem mancha, ou seja redimida com a morte na cruz, ir antes de cair a tarde nos remete ao versículo:

“Não deixe que o sol se ponha sobre o seu ressentimento”

No retorno ao paraíso o Messias quer fazer tudo como o Pai o quer, é obediente, por que ama o Senhor Deus.

E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz!

Fil. 2, v. 8

Mas, vós sois a gente escolhida, o sacerdócio régio, a nação santa, o povo que Ele adquiriu, a fim de que proclameis os grandes feitos daquEle que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.

1 Pe, 2 v. 9

Venha do Líbano, noiva minha, venha do Líbano e faça sua entrada comigo. Desça do alto do Amaná, do cume do Sanir e do Hermon, esconderijo de leões, montes onde rondam as panteras.

Cântico dos Cânticos 4,8

Vemos aqui uma referência a Moisés que não entrou na Terra de Canaã por ter pecado contra o Senhor ao se vangloriar e agir desprezando as palavras do Senhor (Fale com a rocha disse o Senhor, ao invés de obedecê-Lo Moisés bateu na Rocha por duas vezes) Deus para demonstrar o seu poder mandou Moisés falar para a Rocha soltar água para o povo que atravessava o deserto para ir a Canaã, ele, no entanto para tomar para si o poder, bateu na Rocha que mesmo assim jorrou água, mas Deus imputou a ele este pecado que o impediu de entrar na terra prometida.

Aqui o Senhor chama a Igreja “sem pecado” porque redimida, para a Terra, agora, não de Canaã, mas a Nova Jerusalém para onde se dirige o povo de Deus, redimiu o pecado para que não aconteça de não podermos chegar à Nova Jerusalém pela desobediência tal como fez Moisés, É Jesus refazendo os caminhos percorridos por nossos pais e líderes agora com perfeição para que o Senhor aceite o povo preparado desde o princípio.

Os símbolos usados nos versículos nos ensinam a amar a igreja, ao se referir ao pescoço como depósito de armas vai citar a Davi, Rei guerreiro, mas também as armas espirituais descritas por Paulo, a parte do corpo que nos direciona é o pescoço, olhamos para o caminho que queremos percorrer, caso contrário tropeçamos e também o usamos ao reverenciar ao Senhor.

Estejam, portanto, bem firmes: cingidos com o cinturão da verdade, vestidos com a couraça da justiça, os pés calçados com o zelo para propagar o evangelho da paz, tenham sempre na mão o escudo da fé, e assim poderão apagar as flechas inflamadas do maligno. Coloquem o capacete da salvação e peguem a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

Efésios cap. 6 vers. 14-17

Raptou-me o coração, minha irmã, minha esposa raptou-me o coração com um só de teus olhares, com uma só pérola do teu colar.

Cântico dos Cânticos 4,9

O amado já não a chama pastorinha, ou amada, mas sim irmã e esposa, isto nos remete a Jesus Cristo, nosso irmão, nascido de Maria, o Deus conosco, e ao mesmo tempo ao esposo, o Espírito Santo que gerou em Maria seu Filho amado.

O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus.

Lucas cap. 1, vers. 35

Quão deliciosas são as tuas carícias, minha irmã! Quão mais deliciosas do que o vinho, e a fragrância dos teus perfumes excede a todos os aromas!

Cântico dos Cânticos 4,10

Aqui a fala é para a irmã, Maria já não é a mãe de Jesus apenas, mas também irmã, pois cheia de graça adiantou em si o pentecostes, pois além de dar vida ao Senhor da Vida é cheia do Espírito porque o desposara. Nós seremos chamados filhos somente após o recebimento do Espírito depois da ressurreição de Cristo, veja a grandeza desta mulher.

Teus lábios, minha esposa, destilam mel, mel e leite estão sobre tua língua, e o perfume de tua veste é como o perfume do Líbano.

Cântico dos Cânticos 4,11

Este versículo é dirigido à Maria como esposa, elogia a sua santidade, aqui representada pela veste que exala perfume, pois este representa a presença de Maria na história da igreja.

És fonte fechada, ó irmã, minha esposa, fonte fechada, nascente selada.

Cântico dos Cânticos 4,12

É referência a Jesus ser o Filho Único de Maria, afirmação teológica baseada na história pós-ressurreição, contestada, no entanto por muitas denominações religiosas cristãs, mas que se tem provas incontestáveis, leia o versículo:

Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui também entre nós suas irmãs?

Marcos Cap. 06 vers. 3

Este versículo ilustra a mensagem, veja que se usa no singular para se referir a Jesus (... o filho de Maria...), os irmãos citados em separado eram o título dado a sobrinhos e primos, para confirmar esta informação a frase final “não vivem... também entre nós suas irmãs?”.

Como poderia Maria ter tantas filhas espalhadas entre os parentes, não era comum este fato, famílias eram como as tradicionais de hoje: Pai, esposa, filhos. É um mandamento do Senhor que levavam muito a sério e além do mais ter filhos era sinal de benção e criá-los era sinal de servir a Deus.

Os teus regatos (pequenos ribeirões) formam um Éden de romãzeiras, com frutos deliciosos, árvores de alquema e de nardo (planta gramínea com flores aromáticas).

“Nardo e açafrão, canela e cinamomo, com toda a sorte de árvores de incenso, mirra, aloés com o mais seleto dos aromas”.

A fonte do meu jardim é manancial de águas vivas e os riachos brotam do Líbano.

Cântico dos Cânticos 4,13-15

As árvores citadas são todas de finíssimos aromas, cada uma representa as qualidades da igreja e seus santos. O incenso é o símbolo da oração a Deus, a mirra é símbolo da presença de Deus, como o perfume da pessoa amada que se aproxima e o aloés simboliza a cura por ser uma ótima planta medicinal, ou seja, cada flor ou planta representa um dom da igreja.

No versículo 15 o amado fala “meu jardim”, é Jesus tomando posse do Jardim que como vimos simboliza o retorno para que se faça do jeito que deveria ser feito, obedecer ao Pai independente das tentações, ninguém é tentado acima de suas forças. As águas vivas são o símbolo da vida eterna e da graça que recebemos. Os riachos são a nossa participação no plano de salvação.

Se alguém tiver sede, venha, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a escritura: “do seu interior manarão rios de água viva”.

João cap. 07, vers. 37b-38

Levanta-te aquilão (vento norte) e vem ó austro (vento sul) sopra no meu jardim, exalem-se os seus aromas.

Venha o meu amado ao seu jardim e saboreie os frutos deliciosos.

Cântico dos Cânticos 4,16 e 5,1

Estes versículos nos mostram a participação da igreja mãe no plano de salvação, ela chama a Jesus e o Espírito Santo para estar sempre junto dela, é o povo santo clamando para o Senhor: Vem! Os ventos que passam pelo jardim e levam o aroma das flores é a ação do Espírito Santo na igreja que vai até os confins do mundo, os frutos deliciosos são as obras feitas para a glória do Senhor.

Entrei no meu jardim, minha irmã e esposa, colho a minha mirra e o meu bálsamo, como do meu favo com mel, bebo do meu vinho e do meu leite.

Estes versículos abrangem muitas graças por nós recebidos, uma delas uma afirmação de Jesus:

Por eles é que Eu rogo, não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, por que são teus. Tudo o que é Meu, é Teu.

João Cap. 17, vers. 9-10

O pronome “meu” que é repetido várias vezes se refere ao prêmio pela sua morte e ressurreição: pertencemos ao Senhor. E o que é Dele divide conosco: Comei amigos... termo usado com Abraão, os apóstolos e hoje com todos os filhos do Senhor.

Ser chamado amigo era sinal de proximidade com Deus e de partilha, pois o amigo além de ser fiel, consola, orienta, fortalece o outro.

Mas, outra parte que chama a atenção é: comei, inebriai-vos... temos de lembrar que Jesus prometeu que só iria voltar a tomar vinho conosco no Reino do Senhor.

Em verdade vos digo, já não beberei do fruto da videira até aquele dia em que beberei de novo no Reino de Deus.

Marcos, cap. 14 vers. 25

Portanto este versículo dá-se no Reino de Deus, aqui simbolizado pelo Éden, é um convite a participarmos da Festa do Cordeiro.

“Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe glória, porque se aproximaram as núpcias do Cordeiro”. Sua esposa (a igreja, a pastorinha) esta preparada. Foi-lhe dada vestir-se de linho puríssimo e resplandecente (pois o linho são as boas obras dos Santos).

Apoc. 19 v. 7

É a igreja que se purifica durante a história até o encontro com Cristo.

Cena IV

Visita Noturna

Eu durmo, mas o meu coração vela.

Abre-me, minha irmã, minha amiga,

Pomba minha, minha perfeita,

Minha cabeça está toda rorejada, os meus cachos impregnados de gotas da noite.

Já despi a túnica; como irei vesti-la novamente?Já lavei os pés; como hei de os tornar a manchar?

Cântico dos Cânticos 5,2-3

Esta parte da poesia refere-se à desatenção da Igreja para com Cristo, é uma discussão da relação entre casais, apesar de seu pensamento estar no amado suas obras são contrárias às promessas. Apresenta desculpas para não servir verdadeiramente a Cristo (já despi a túnica, como irei vesti-la? Já lavei os pés...).

Mas veja que ela se arrepende e vai encontrá-Lo, é a igreja santa e pecadora que volta ao caminho.

O meu amado meteu a mão pela fresta da porta. E comoveram sê-me as entranhas por ele.

Levantei-me para abrir ao meu amado,

Minhas mãos destilam mirra,

E meus dedos, mirra abundante,

Sobre a aldrava da fechadura.

Abri ao meu bem amado, mas ele já se tinha ido, já tinha desaparecido; ouvindo-o falar, eu fico fora de mim.

Procurei-o e não o encontrei; chamei-o, mas ele não respondeu.

Cântico dos Cânticos 5,4-6

Os nossos pecados fazem com que as nossas orações não sejam ouvidas, não por descaso do Senhor, mas a fim de nos ensinar.

Deus repreende a quem ama.

O vazio gerado por esta situação de aparente abandono vai levar-nos ao arrependimento, e dependendo de sua reação diante do Senhor o levará ao caminho de volta. Ou, se continuares a fazer a opção de se manter no pecado o levará à depressão e tristeza,mas Deus estará contigo sempre, Ele não quer que peque para o seu próprio bem, precisamos deixar de ler a realidade a partir do pecado e lê-la a partir da Palavra do Senhor ou daquilo que teu coração manda, pois o Senhor está em nós e nos orienta, não devemos ouvir os apelos dos comerciais, propagandas, cartazes; mas do Senhor. Os fariseus, os poderosos preferiam o poder humano: Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César.

João, 19, v. 12b

Ouvindo-o falar fico fora de mim... É a voz do Espírito Santo em seu interior quando reconhece esta voz nosso espírito se move de forma a procurar refazer o relacionamento com o Senhor, pois fomos feitos para estar com Ele sempre.

Não endureça o vosso coração.

Os guardas encontraram-me, quando fazia ronda na cidade. Bateram-me, feriram-me, arran- caram-me o manto os guardas das muralhas.

Conjuro-vos ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe havei de dizer?

Dizei-lhe que estou enferma de amor.

Cântico dos Cânticos 5,7-8

Esta é uma menção aos santos da igreja, pessoas que se separam para servir ao Senhor, atualmente temos: Padres, Pastores, Bispos, Diáconos, leigos, ministros, e tantos outros, estes nos levam a procurar pelo amado de nossos corações.

Estar enferma de amor é amar sem saber amar realmente, quantas vezes não passamos por isso, amamos os filhos, à esposa, a nossa vida, ao Senhor e fazemos tudo ao contrário do que realmente cremos, não deixa de ser amor; por isso enferma. A busca em refazer o relacionamento vai levá-la a encontrá-lo.

Bateram-me, feriram-me... esta ação dos guardas nos leva a refletir; estes tem a função de vigiar e alertar em caso de perigo, podemos ter aqui a referência àqueles que são instruídos pelo Espírito Santo e tocam nas feridas da Igreja e a questionam, como ocorre em todas aquelas igrejas que se importam realmente em servir ao Senhor.

Que tem o teu bem-amado a mais que os outros, ó tu, mais bela das mulheres, a mais que os outros, para que assim nos conjures (convoque)?

Cântico dos Cânticos 5,9

Este versículo é uma referência ao messia- nismo, os profetas anunciavam a vinda dele, mas não o eram, só preparavam o povo para a sua chegada. João Batista foi o último da linhagem dos profetas; após ele, e a partir do dia em que Jesus recebe o Espírito Santo sem medida nas águas do Rio Jordão, caminhamos para que depois de preparados pelo Senhor recebamos a filiação que vai ocorrer a partir do Pentecostes e se repete até hoje no crisma ou quando o Espírito Santo o quiser.

Os fariseus achavam que Jesus era apenas mais um profeta (Que tem o teu Bem-Amado a mais...), mas, sabemos que eles estavam enganados, era o Deus-Conosco anunciado por Isaias, Jeremias, Oséias e tantos outros.

Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse:

Agora, Senhor despede em paz o teu servo, Segundo a tua palavra;

Pois já os meus olhos viram a tua salvação,

A qual tu preparaste perante a face de todos os povos;

Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel.

E José, e sua mãe, se maravilharam das coisas que dele se diziam.

E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado.

Lucas 2, 28-34

Segue um rol de elogios da esposa ao amado, pura poesia.

A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos, cachos de palmeira, são pretos como o corvo.

Os seus olhos são como o das pombas junto à corrente das águas lavadas em leite, e repousam na margem.

As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como colina de ervas aromática; os seus lábios são lírios que gotejam mirra preciosa;

As suas mãos cilindros de ouro, embutidos em jacintos, o seu ventre, como alvo marfim, coberto de safiras.

As suas pernas, colunas de mármore, assentados em base de ouro puro, o seu aspecto como o Líbano, esbelto como os cedros.

O seu falar é muitíssimo doce, sim ele é totalmente desejável. Tal é meu amado, tal, o meu esposo, ó filhas de Jerusalém.

Cântico dos Cânticos 5,11-16

Depois de uma sequência de elogios, onde se usam materiais de grande qualidade, tal o amor que ela sente por ele, percebemos que estes elogios são as profecias direcionadas ao Messias e que as filhas de Jerusalém, as almas puras ao ouvir tais relatos veem em Cristo aquele que era aguardado, confirmando tal pressuposição destacam a qualidade que a levaram a concluir que estavam diante do amado: o seu modo de falar.

Então (Jesus) lhes disse: “Onde está a vossa fé? Mas eles se maravilhavam, tomados de temor, dizendo um ao outro: Quem é este realmente, porque dá ordens até mesmo aos ventos e à água, e eles lhe obedecem”.

Lucas cap. 8 vers. 25

Todos os cobradores de impostos e pecadores chegavam-se então perto dele para o ouvirem.

Lucas cap. 15 vers. 1

Igualmente, ia (Jesus) diariamente ensinar no templo. Mas os principais sacerdotes, e os escribas, e os principais do povo, estavam buscando destruí-Lo, contudo não achavam um meio eficiente de fazê-lo, pois o povo todo se apegava a Ele para ouvi-lo.

Lucas 19,47-48

Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai. Eu dou a vida pelas ovelhas.

João, cap.10, vers. 14-15

Tenho também outras ovelhas que não são deste curral. Também a elas Eu devo conduzir; elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só Pastor.

João cap.10, vers. 16b

Simão Pedro respondeu: “A quem iremos Senhor”? Tu tens palavras de vida eterna! Agora nós acreditamos e sabemos que tu és o Santo de Deus.

João cap. 6 vers. 68-69

“por que é que vocês não trouxeram Jesus?” Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como esse homem”.

João cap.7 vers. 45b-46

O falar muitíssimo doce cativava a muitos, estes ouviam seus discursos continuamente, muitas discípulas o serviam em sua caminhada, como era costume na época; suas palavras mudavam o coração e o modo de agir do povo, é o Reino de Deus sendo inserido em nossa realidade, missão que recebemos Dele e buscamos realizar até os dias de hoje.

Para onde foi o teu amado, ó tu mais belas das mulheres?

Para onde se retirou o teu amado? Nós o buscaremos contigo.

Cântico dos Cânticos 6,1

Jesus havia morrido e ressuscitado, todos unidos esperavam pela promessa de Cristo:

Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar.

Todos buscavam junto pelo amado que prometera vir na Pessoa do Espírito Santo que com o Pai são a Unidade Perfeita.

Depois de ouvir tantos elogios sobre o amado, a pessoa com a qual dialoga a esposa passa a se interessar a ajudá-la. São os pagãos, que ao receber a boa nova de Cristo que vão à procura do Senhor e a graça chega a todos os que O amam.

Nisso seus discípulos chegaram e maravi- lharam-se de que estivesse (Jesus) falando com uma mulher.

A mulher deixou a sua vasilha, foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde e vede um homem que contou tudo o que tenho feito. Não seria ele por ventura o Cristo? Eles saíram da cidade e vieram ter com Jesus.

João cap. 4, vers. 27-30

O meu bem amado desceu ao seu jardim, aos canteiros perfumados; para apascentar em meu jardim e colher lírios.

Cântico dos Cânticos 6,2

Este versículo é riquíssimo em mensagens. Nós já vimos que o Senhor se apresenta como os lírios entre vales e planície, depois Ele amplia a mensagem nos colocando junto Dele e semelhante a Ele (é a filiação ao recebermos o Espírito Santo).

Agora o texto avança um pouco mais (desceu ao seu jardim), já vemos que Jesus foi o primeiro a retornar ao Éden, mas no final há uma afirmação que poderia passar despercebida (para apascentar em meu jardim), a esposa, a amada, a igreja já faz parte do Jardim, é o que afirmava Jesus: O Reino de Deus já está entre voz.

Eu sou do meu amado e meu amado é meu. Ele apascenta entre lírios.

És formosa amada minha, como Tirsa (antiga capital de Jerusalém), graciosa como Jerusalém, temível como um exército em ordem de batalha.

Desvia de mim os teus olhos por que eles me fascinam. Teus cabelos são como um rebanho de cabras descendo impetuosamente pelas encostas de Galaad. Teus dentes são como um rebanho de ovelhas, que sobem do banho, cada uma leva dois (cordeirinhos) gêmeos, e nenhuma delas é estéril.

Tua face é como um pedaço de romã debaixo do teu véu.

Cântico dos Cânticos 6,3-7

Estes versículos são pura poesia, de encantador linguajar do período em que foi escrito, hoje usaríamos termos bastante diferentes.

A unidade que Jesus prega (que todos sejam um) é envolvida em mistérios do amor, o Senhor quer mostrar-nos que olha para a cidade, ou seja, ele nos vê como comunidade que gera amor, porque assim somos um exército pronto para a batalha, é o povo de sacerdotes que Deus prepara para servi-lo, façamos parte deste para levar o estandarte do amor até os confins do mundo.

Citar os dentes e a face nos leva a pregação do evangelho e a alegria cristã. Deus se alegra em ver seus filhos em busca de um objetivo comum: O Reino de Deus.

Há sessenta rainhas, oitenta concubinas e inumeráveis jovens mulheres, uma, porém é a minha pomba, uma só a minha perfeita, ela é a única de sua mãe, a predileta daquela que a deu à luz.

Ao vê-la as donzelas proclamaram-na bem aventurada, rainhas e concubinas a louvam.

Cântico dos Cânticos 6,8-9

Estes versículos nos remetem à mãe de Jesus, uma entre milhares escolhida para gerar aquele que nos dá vida. Deus escolheu Maria desde o início, ela gerou aquele que nos deu e dá a salvação, o seu sim não é tão simples como se pode pensar. Dirão: se não fosse ela seria outra qualquer! E se Abraão não desse atenção às promessas, Moisés se negasse a liderar a fuga do Egito, se todos dissessem não e se você leitor, também dissesse sempre não ao Senhor. O sim não é fácil de ser dito, nos esforçamos, mas sabemos das dificuldades. Todos os que aceitam as propostas divinas são especiais para o Senhor.

E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque olhou sua pobre serva.

Por isso, desde agora, me proclamarão bem- aventurada todas as gerações.

Lucas cap.1 Vers. 46-48

“Quem é esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha?”

“Eu desci ao Jardim das Nogueiras para ver a nova vegetação dos Vales, e para ver se a vinha crescia e se as romãzeiras estavam em flor”.

Meu espírito não percebeu quando ele me assentou na carruagem do príncipe do meu povo

Cântico dos Cânticos 6,10-12.

Nós vemos aqui a inserção da noz, fruto da nogueira, antes eram os lírios, as vinhas e as romãzeiras, apesar de ser uma poesia, o autor quer a partir das características dos frutos passarem uma mensagem ao leitor.

A beleza da uva, seu sabor e a alegria simbolizada pelo vinho que se produz referem-se ao povo de Israel que têm em si todas as bênçãos do Senhor.

A romã tem os cachos de uva (suas sementes) internos, com uma cor muito agradável aos olhos e sabor indescritível, mas está envolvida por uma casca dura e uma película amarga, referindo-se aos pagãos, que apesar de inseridos no plano de salvação são mais fechados por que fazem partes de povos espalhados pelo mundo inteiro que tem a missão de pregar um evangelho a povos que não eram e agora o são.

Eu a semearei (romãzeiras) na terra terei compaixão da “Não-Compadecida” e direi ao “Não-Meu-Povo”. “Você é meu povo”. E ele responderá: “Meu Deus”!

Oséias cap.2 vers. 25

Versículo também em forma de poesia dentro de uma história que nos mostra o amor do Senhor por todos os povos, um dia todos se ajoelharão diante do Deus Único, sejamos nós parte deste povo escolhido, diga sim.

A noz que agora é inserida entre as outras frutas tem características bem diferentes, além da casca bastante dura, é dividida em quatro partes, e também separada por uma película amarga. Este fruto simboliza as comunidades fechadas de difícil relacionamento comum em todos os continentes, estas sofrem com seu egoísmo, mas, mesmo assim Deus vê o esforço em participar da vida do Reino, o objetivo do trabalho feito pelo Espirito do Senhor é levar a todos ao seu encontro, alguns Ele carrega nas costas se preciso for.

Volta, volta Sulamita, volta, volta para que nós te vejamos.

Porque olhais a Sulamita, quando ela entra na dança de Maanaim? (dança feita entre acampamentos).

Cântico dos Cânticos 7,1

É o espelho da tensão entre o não povo e o povo de Israel, aqui simbolizada pela dança que ocorria entre dois acampamentos, um são os judeus e outro os pagãos. Uma grande parte do povo judeu negou a Jesus, aqui temos o pedido deste povo a participar da redenção, certamente um período que ainda virá, também descrito por Paulo apóstolo.

Agora eu pergunto: Será que eles tropeçaram para ficarem caídos? De jeito nenhum! Mas, assim aconteceu para que a queda de Israel tornasse possível a salvação para os pagãos, e para que Israel ficasse com ciúme.

Olhar para a Sulamita durante a dança é a expressão do ciúme apontado pelo apóstolo Paulo.

Como são graciosos os teus pés, nas tuas sandálias, filha de príncipe!

A curva de teus quadris assemelha-se a um colar, obra de mão de artista; teu umbigo é uma taça redonda, cheia de vinho perfumado, teu corpo é um monte de trigo cercado de lírios.

Cântico dos Cânticos 7,2-3

Os pés são o símbolo de nossa caminhada, os judeus olharão para os pagãos e se converterão, pois a caminhada da Igreja vai mostrar a eles que Deus está conosco.

E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.

Romanos 10, 15

Ao dizer teu corpo é um monte de trigo está se referindo à Igreja que é feita de trigo e não de joio, pois o trigo quando pronto para a colheita está sempre em posição de reverência ao Senhor, devido ao peso das sementes (os frutos da Igreja).

No elogio à Sulamita temos dizeres poéticos com intenso valor sentimental, este, entre os israelitas e os pagãos. Vejamos que a taça está cheia de vinho perfumado, sabemos que as vinhas são a representação do povo de Israel e o perfume à presença de Cristo, ambos estão aqui misturados; a profecia se cumprirá!

Teu pescoço é uma torre de marfim, teus olhos são as fontes de Hesebon junto à porta de Bat-Rabim.

Teu nariz é como a torre do Líbano, que olha para os lados de Damasco, Tua cabeça ergue-se sobre ti como o Carmelo.

Cântico dos Cânticos 7, 5-6a

O pescoço como já vimos é o que direciona o povo de Deus, miramos para Cristo, o nariz acompanha na mesma direção, mas ressalta a necessidade de não se desviar nem para a direita nem para a esquerda. Na cabeça da Igreja temos o Cristo aqui simbolizado pelo Carmelo que também tem o significado de cordeiro, e Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Tua cabeleira é como a púrpura e um rei se acha preso a seus cachos.

Como é bela e graciosa, ó meu amor, ó minhas delícias!

Cântico dos Cânticos 7,6b-7

Os cabelos são a expressão da submissão da mulher, no caso aqui da igreja a Cristo, estes na cor púrpura por que lavados no sangue do Cordeiro, é Jesus o nosso Rei junto à igreja.

Teu porte assemelha-se ao da palmeira, da qual teus seios são os cachos.

Vou subir à palmeira –disse eu comigo mesmo- e colherei os seus frutos.

Sejam-me os teus seios como cachos da vinha.

O perfume de tua boca como o odor das maças, teus beijos como um vinho delicioso que corre para o bem-amado, umidecendo-lhe os lábios na hora do sono.

Eu sou para o meu amado o objeto de seus desejos.

Cântico dos Cânticos 7,8-11

Mais uma sequência inspiradora de palavras sinceras de amor, sentimento partilhado por ambos, o estar nas mãos do outro é retratado com grande beleza, o casal só mantém o amor, quando o interesse de um seja totalmente a felicidade do outro, tendo certeza de ser assim, ambos serão felizes.

Passeio no campo

Vem meu bem amado, saiamos ao campo, passemos a noite nos pomares,

Pela manhã iremos às vinhas, para ver se a vinha lançou rebentos, se as suas flores se abrem, se as romãzeiras estão em flor, ali te darei as minhas carícias.

Cântico dos Cânticos 7,12-13

Este período refere-se às primeiras comuni-dades cristãs, ambos saem para ver como estão as vinhas (Israel), e as demais flores (pagãos), aceitação do Messias por parte de alguns de Israel ajudou no início a implantação do Reino de Deus, este fato foi predito em profecias:

“Pergunto então: Acaso rejeitou Deus o seu povo”? De maneira alguma. Pois eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim.

Romanos, cap. 11 vers. 1

E ainda:

Desconheceis o que narra a escritura, no episódio de Elias, quando este se queixava a Deus: Senhor mataram vossos profetas, destruíram nossos altares. Fiquei apenas eu, e ainda procuram tirar-me a vida. Que lhe respondeu a voz divina?

-Reservei para mim sete mil homens que não dobraram o joelho diante de Baal.

É o que continua a acontecer no tempo presente: subsiste um resto, segundo a eleição da graça.

Romanos cap. 11 vers. 2b-5

Observamos a partir destes versículos o primeiro período da igreja descrito de forma poética com uma beleza admirável

“Não quero irmãos, que ignoreis este mistério, para que não vos gabeis de vossa sabedoria; esta cegueira de uma parte de Israel só durará até que haja entrado a totalidade dos pagãos”.

Romanos cap. 11, vers. 25

O Apóstolo Paulo não entendia tal mistério que permanece até hoje, haverá um momento em que todos proclamarão o nome do Senhor.

As mandrágoras exalam seu perfume; temos à nossa porta frutos excelentes, novos e velhos que guardei para ti meu bem amado.

Ah, se fosses meu irmão, amamentado no seio de minha mãe!

Então encontrando-te fora, poderia beijar-te sem que ninguém me censurasse.

Eu te levaria, te faria entrar na casa de minha mãe; te daria a beber o vinho perfumado, licor de minhas romãs.

Cântico dos Cânticos 7,14 e 8,1-2

O desejo da encarnação de Cristo que vai se realizar e gerará dor da morte, mas também a alegria da ressurreição pela qual Jesus nos leva de volta ao Jardim do Éden. A pastorinha ingênua faz um pedido ao Senhor do qual não se arrependerá porque o amor é tão intenso que ela não teme pela morte do amado porque confia na ressurreição, o importante é que o terá ao seu lado eternamente.

Sua mão esquerda está sob a minha cabeça, e sua direita abraça-me.

Conjuro-vos ó filhas de Jerusalém, não desperteis nem perturbeis o amor, antes que ele o queira.

Cântico dos Cânticos 8,3-4

Aqui temos uma introdução ao plano de salvação, é a representação de Jesus apoiando o casal do Éden logo que eles pecam, é o início da aventura da humanidade, O Senhor propõe encarnar-se, a ser o Deus conosco, anuncia a profecia que se cumpre em Maria quando dá a luz ao nosso redentor.

Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

Gênesis cap. 3 vers. 15

Não se alegre por minha causa, ó minha inimiga, pois eu cai, mas me levantarei, estou morando as trevas, mas Javé é a minha luz.

Miquéias cap. 7, vers. 8

Manifestação do amor

Quem é esta que sobe do deserto apoiada em seu bem amado?

Sob a macieira eu te despertei, onde em dores te deu à luz tua mãe, onde em dores te pôs no mundo tua mãe.

Cântico dos Cânticos 8,5

Este versículo nos traz ao entendimento mais amplo do despertar do amor. A igreja é anunciada logo que o pecado entra na história, citar estar sob a macieira nos leva à cena no Éden, o nosso pecado despertou o amor e o Senhor promete a nós a salvação.

As dores citadas são a do pecado porque nos distancia do Senhor. Na primeira citação temos a promessa e na segunda a realização da promessa com o nascimento de Cristo.

Põe-me como um selo em teu coração, como um selo sobre os teus braços; porque o amor é forte como a morte, a paixão é violenta como o abismo.

Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina.

Cântico dos Cânticos 8, 6

É a igreja pedindo para não ser lançada fora apesar dos pecados, ela sabe que o amor é forte como a morte, e confia no Senhor.

Se alguém desse toda a riqueza de sua casa em troca do amor só obteria desprezo.

Temos uma irmã pequenina que não tem ainda seus seios formados. Que faremos nós com nossa irmã no dia em que for pedida em casamento?

Se ela é um muro construiremos sobre ela palácios de prata, se é uma porta, a fecharemos com batentes de cedro.Ora, eu sou um muro, e meus seios são como torres; por isso, sou aos teus olhos uma fonte de alegria.

Cântico dos Cânticos 8,7b-10

É a confiança na vitória do amor, nada o pode vencer porque dado livremente, não há como comprá-lo, e se o fizer obterá desprezo.

A Santíssima Trindade em um diálogo sobre a igreja a se formar, agora ainda pequenina. (Adão, Eva e outros). O dia em que foi pedida em casamento foi o da anunciação onde Maria disse sim, nasceria daí o nosso redentor.

A amada diz ser um muro, onde estarão reunidos todos os selados pelo Espírito Santo. A citação dos seios grandes como torres nos leva a interpretação comum às mães, ou seja, o seu amor sustenta toda a igreja, é uma forma poética de dizer que o amor de mãe não tem limites, irá tratar de todos os filhos com o mesmo amor e carinho.

“É o dia de reconstruir seus muros! Nesse dia suas fronteiras serão mais amplas.”

Miquéias cap.7, vers. 11

Salomão tinha uma videira em Baal-Hamon. Confiou-a aos guardas; cada um dos quais devia dar mil siclos de prata pelos frutos colhidos.

A vinha que me pertence está a meu dispor, tu, ó Salomão, terá os mil siclos, e os que guardam os frutos dela duzentos.

Ó tu que habitas nos jardins, os companheiros estão atentos para ouvir a tua voz, faze-me, pois, também ouvi-la.

Vem depressa, amado meu, faze-te semelhante ao gamo ou ao filho da gazela, que saltam sobre os montes aromáticos.

Cântico dos Cânticos 8,11-14

É o pedido da igreja para que nunca deixe de ouvir a voz dos amigos, companheiros do Senhor, aqui representados pelos apóstolos que a partir de seus exemplos leva a igreja até o Senhor. A Igreja se reconhece santa e pecadora.

Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles.

João, cap.17, v. 20

Por fim a igreja reconhece a divindade de Cristo e o chama para caminhar sabendo-o indomável porque Senhor de nossa história, somos nós todos que mesmo querendo fazer as coisas ao nosso modo clamamos ao Senhor para que participe de nossas vidas, e nos conduza como o Pastor por excelência que é; ao Reino para nós preparados.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 26/10/2017
Código do texto: T6153849
Classificação de conteúdo: seguro