FILOSOFANDO 3.

No capítulo terceiro do livro de Gênesis, lemos a respeito da queda do homem, de sua posição de pureza inicial para criatura caída e pecadora. Por um período de tempo desconhecido para nós - Pois a Bíblia não menciona datas - observamos que, tanto Adão como Eva, desfrutavam de certa liberdade no jardim de Deus. Mas em determinado momento, Eva, perigosamente aproxima-se da árvore mencionada por Deus como a árvore do conhecimento do bem e do mal. Nota-se, o motivo da proibição divina, uma vez que, nas proximidades da árvore, transfigurado no corpo da serpente, entre em cena um novo personagem. Oculto na obscuridade daquele animal, estava a figura rebelde do anjo caído; astuto, ele agora atentou contra Eva, no que desrespeito às ordenanças divinas quanto ao fruto daquela árvore.

O diálogo entre Eva e a serpente desenrola-se, mentirosa, a serpente convence Eva a comer do fruto baseando-se em falsas promessas, Eva assim o fez. Adão por sua vez, não encontrava-se ali, por algum motivo ele estava em outro lugar no jardim - A Bíblia não menciona onde ele estava e em que se ocupava - todavia, em determinado momento depois desse venenoso diálogo entre Eva e a serpente, a mulher conversando com Adão e contando-lhe o que havia se passado, convence-o a também comer do fruto proibido, Adão não oferece resistência, fazendo assim por consumar o pecado, selando a queda do homem, contrariando as ordens que Deus havia dado de não comer daquele fruto.

Na viração do dia, daquele mesmo dia imagino eu, de forma costumeira como sempre fazia, a voz de Deus soou no jardim, procurando por Adão que havia se escondido. O que se vê no desenrolar do texto, é o questionamento de Deus com Adão, que por sua vez tentou esquivar-se da culpa colocando-a em Eva, questionada, Eva faz o mesmo, jogando a culpa na serpente. A culpa na verdade pertencia a todos, mas, pesou com maior força em Adão, por ter sido ele quem ouviu primeiro do próprio Deus a proibição de comer do fruto.

Deus em seu diálogo com Adão e Eva, repreende-os duramente, ditando a consciência do pecado a vida de cada um, o homem é então expulso do paraíso. O que chamou a minha atenção, é que somente depois da queda do homem e do mesmo ser expulso, é que vemos Deus colocar um anjo para guardar a árvore da vida, que também figurava no jardim. Tal atitude é perfeitamente compreensível, uma vez que, se o homem em um corpo mortal e pecador, comesse do fruto da vida, se tornaria eterno em um corpo de pecado, fazendo-se semelhante ao diabo, sem a chance de perdão.

A morte do homem, embora ruim, é também a garantia de poder conquistar ainda em vida a redenção e o perdão do erro. Mas este, é um assunto que não tratarei aqui.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 24/10/2017
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