O senhor de si mesmo
O lírio nasce do lodo, da água putrefada. Cresce e se abre na superfície, voltando suas pétalas à Luz do dia.
Assim devemos ser. Capazes de ser produto de si mesmo, não devemos nos contentarmos em sermos "produto do meio".
Se enxergamos um Caminho entre as brumas, se sentimos o ímpeto em explorá-lo, nos ponhamos em marcha sem hesitar. É propósito do ser humano ser justo e bom.
Há um caminho a ser palmilhado e todos os percalços são parte da jornada. Se a brisa suave me toca o rosto, alegro-me com ela; se o sol causticante me queima a pele, sofro com ele, mas nada me faz rejeitar o Caminho. É a vida um rito de passagem para a morte. Morrendo a cada passo, nos tornamos mais jovens. Permitimos que o velho seja como uma roupa que não nos cabe mais. Mudamos velhos hábitos, rasgamos antigas crenças, volvemos o nosso olhar para o céu, natureza una que nada ou ninguém pode tocar.
Há um arco-íris no horizonte a nos mostrar o Pote de Ouro que precisamos conquistar.
Cláudia Machado
21/10/17