POESIA (O VIOLÃO) RUDE DESGRAÇA DA ARTE...

(...)

Um violão na parede...

... Um jornal passando...

Barulho de armadores e pés feridos...

Luz que ilumina gaiolas...

Conversas de pais e velhinhos...

... Políticos loucos montados em Dragões...

... Políticos surdos e assassinando formigas...

Um violão negro na parede...

Tenhas de aranhas mortas...

Um violão pedindo pra ser tocado...

Um violão pedindo pra tocar-me...

Comida boa...

Idosos pedindo esmolas...

Esperança de um governo tirano...

... Vida escurecida por borboletas...

... Vida nublada por gafanhotos africanos...

Baratas na caixa do sapato...

... Do teu passado uma encarnação mísera...

Ó mulher bonita Tu és...

Ó casino de rubí...

Ó treva de sapos nus...

Ó zoada de armador da rede maldita...

... Descanso da lei a favor do contexto criminoso dos dias...

... Futebol...

... Bola oca...

... Zero à zero do pedinte depravado nosso rude presidente...

... Quem perdeu a liderança do jogo?

... Quem perdeu os sonhos azuis...

... Quem iludiu o amor?

... Meu Deus onde está Michel Temer no dançar parisiense?

... Político mente

... Político concorda consigo mesmo

... Político arroubo do radical socialista

... Político espírito público?

... Ou candidatura dos padeiros cornos?

Na lamentação da barata tonta loucuras governamentais...

... A crise está em você messias Temer de tu esfolar-nos...

... Ferida aberta...

... Sangue na boca...

... Dente que mordeu elefantes bailarinos...

... Minotauro que transa com a República...

... Cidadãos correndo das pulgas...

... Educação esnobada...

... Perigo do fogo...

... Perigo da urina mercantilista...

... Superior curso dos aristocráticos em burrice rosa...

Eu me nego a este violão na parede...

Eu moro em lenho de percevejos...

Eu sou o brasileiro de coração flertado pelo mentir de odiosos...

... Político nu na Praça de noite do falastrão

... Afirmativa de um Brasil pobre e pioneiro...

... Medo de um fantasma no quarto...

... Perfume do ódio da parede de aranhas doentes pelo pó...

... Café no corpo e uma enchente de pavor cativo e nada mais...

O pé cai do leito...

A cabeça escorada no abismo da rede...

É, política é um sapo caolho montado num cachorro morto...

É, política é fezes de deuses brincando com o seu filosofar...

É, política é virilidade de jumentos num coito de rãs...

É, política é brócolis de farinha misturado com soberba...

E esse violão é meu trabalho juvenil...

Dedilhar no teu corpo és a razão do Dragão de mil pescoços...

... Na embriaguez do ganho dum país chamado Brasil...

... Brasil me chama

... Brasil me ilude...

... Brasil me alimenta

... Brasil me faz mal

... Brasil me acolhe...

... Brasil tira o arrogante amado do teu coração...

... Brasil vislumbra o perigo do mantiz...

Eu te amo violão na parede...

Comida de uma poesia sem ser eleita na boca razão alguma

As trevas chegaram

As trevas ti engolem

Sem luz não há Brasil

Sem comida não há Igreja

Com trevas se come milho de vermes

Com carne arrouba insanidade dos duendes

Meu amor é uma hipocrisia...

Meu amor é a ilusão da virgem de Luciana...

Ó Luciana me destrói

Estou no fio da calejada espada da urtiga

Estou no século do homossexualismo por ideologias íntimas

... Mas não verdade que trás paz na natural alegria tão morta

... Tão morta em canto de uma violência opinativa...

... Porquanto o porco nunca será ave do Éden

E a ave do Éden... Jamais olhará pra lama da felicidade fútil...

Eu estou certo que gafanhotos ti vêem nua Sophia...

Eu penso que o Inferno ti atrai Ana...

Um anjo ti consome no fogo Beatriz...

No Brasil sonhos de uma educação silenciosa...

No Brasil o medo do futuro...

... Aclama o terço da misericórdia e morre!

Eu suponho que os pesadelos despido de um favor ti machuca...

... Eu sou Apolo...

... Eu sou bolhas de desejos do oxigênio sufocante

... Eu sou donzela nua no vendaval de Brasília...

... Eu sou o pecado católico de padres sublimados

... Eu sou o protestante na solidão da globalização guerreira

Morre os Santos...

Morre os piolhos...

Morre a solidão de Temer...

Morre o amor egoísta...

Morre o nutrir da paixão...

Morre o Brasil de ladrões ricos...

Pois o violão não é nada...

O violão é a ordinária incerteza do tráfico covarde...

De bandidos sonhadores e bárbaros...

Essa crucificação tem um nome...

Amor...

Puro amor de uma hortelã...

Que massageia o ego...

De Nietzsche clamando pelo Brasil!

Onde está tua Vitória maldita mosca de bosta!

Inferno do pecado vazio!

Inferno da corrupção militarista...

Não mais?

Só a guerra tirará de nós...

... A virgem estudante de palestra insana

... O Brasil é um nazismo vertiginoso

E vertiginoso é saber que a SS nós depositamos fé

... Estou cansado

... Mas o violão continua lá, na parede da indiferente solidão...

... O pecado inventou o Ocidente

Mas a orgia deu à luz os brasileiros...

A tua paz espero contemplador das virgens idéias...

Das idéias do hoje num quarto de imaginar.

Não é teu fim?

Não sou poeta, sou analfabeto curioso!