Taciturno
Ó lembranças que trazem saudades, meu peito até arde de tanto penar.
Dias tão felizes, gloriosos momentos, instantes felizes que o tempo levou.
Reviver, impossível! Como resgatar o que já foi, o que não volta mais?
Mas poeta taciturno pare um instante. Cesse os lamentos e me ouça então.
Me diga uma coisa. Onde nascem lembranças? É nos momentos, nos instantes, no tempo, não é mesmo? Então viva momentos que no futuro boas lembranças serão!
Hoje é o terreno que posso cultivar o que quero colher.
Um momento feliz gerará lembranças felizes.
Mas a vida nos faz cicatrizes, inerentes ao plantar.
Viver, ó sublime destino, onde amores, desatinos nos ensinam o caminhar.
Percalços nos fortalecem. A estrada escura nos ensina o medo superar.
Mas tem os lírios que florescem, o amor a nos abençoar.