AOS POUCOS, QUE AINDA LÊEM POESIA
Aos poucos vamos perdendo a essência...
Deixando-nos vencer pela demência...
Que isola a alma
E troca o sorriso por nada,
Que pode ser exemplificado pelo tudo,
Que se pode comprar...
Mostrar...
Ostentar...
Aos poucos vamos nos tornando um...
Num comportamento plástico,
Sem efeito prático, que possa ser comparado a vida...
Que proporciona caminhar com os pés no chão...
Sentindo o cheiro de terra molhada...
Ouvir o cantar dos pássaros...
E chorar, ao ver que uma nova flor brotou no jardim...
Quem ainda lembra, da alegria da chuva?
Ou o calor de um abraço?
Aos poucos, a poesia vai perdendo o sentido...
Quando a letra se esconde no alarido de quem perdeu a coragem de calar, sentir e viver...
Aos poucos...