Estive perdida por anos. É verdade. Eu achei que ninguém me via, então não fazia diferença o que eu fazia ou deixava de fazer. Quem realmente me viu sofreu. Eu demorei muito para perceber que no processo de achar que não era vista eu é que não via ninguém e não via a dor de ninguém estando agarrada somente a minha. Demorei ainda mais para parar de me culpar por isso e acolher meu próprio comportamento, aceitar quem eu sou e aceitar que nem tudo eram flores dentro de mim. As flores que eu oferecia murchavam rápido porque não tinha raízes sinceras dentro. Disso tudo agora eu sei, mas ainda há uma infinidade de coisas que não sei e estou aprendendo.
Eu sofri muito por não me ver. Sim, era eu que não me via. Estava tão inconsciente, tão tonta com a realidade, brincando de ser gente, machucando as pessoas… Não conseguiria dizer o quanto me arrependo e o quanto desejo reparar os erros. “Ninguém se arrepende e de repente é outra pessoa”. É verdade. Nada nesse processo foi automático, foi tudo construído e aos poucos, peça por peça e quantas vezes tudo caiu por uma brisa leve, uma euforia, uma sensação de estar no pódio esperando a medalha de boa menina enquanto só tinha dado o primeiro passo da corrida. A gente é tão imaturo, né? Morro de rir com os meus desastres infantis. Morro de rir da minha infância que parece não ter acabado. Estou aprendendo a me ver, sabe? Me ver por inteiro, cada partezinha escondida, cada ego, cada coisa realmente boa (essas dá pra contar nos dedos). Sei lá, eu queria que umas poucas palavras mudassem alguma coisa (ou quem sabe muitas), mas eu entendi, entendi que é preciso mais que vontade, é preciso atitude. Vou levantar agora e tomar algumas.
Eu sofri muito por não me ver. Sim, era eu que não me via. Estava tão inconsciente, tão tonta com a realidade, brincando de ser gente, machucando as pessoas… Não conseguiria dizer o quanto me arrependo e o quanto desejo reparar os erros. “Ninguém se arrepende e de repente é outra pessoa”. É verdade. Nada nesse processo foi automático, foi tudo construído e aos poucos, peça por peça e quantas vezes tudo caiu por uma brisa leve, uma euforia, uma sensação de estar no pódio esperando a medalha de boa menina enquanto só tinha dado o primeiro passo da corrida. A gente é tão imaturo, né? Morro de rir com os meus desastres infantis. Morro de rir da minha infância que parece não ter acabado. Estou aprendendo a me ver, sabe? Me ver por inteiro, cada partezinha escondida, cada ego, cada coisa realmente boa (essas dá pra contar nos dedos). Sei lá, eu queria que umas poucas palavras mudassem alguma coisa (ou quem sabe muitas), mas eu entendi, entendi que é preciso mais que vontade, é preciso atitude. Vou levantar agora e tomar algumas.