EPISÓDICAS...
Muitas vezes para me distrair ponho-me, futilmente, a reger minha alma como uma orquestra que tem o árduo prazer de se apresentar e entreter os outros. Raras vezes consigo... Quem me vê agir parece ouvir lindas composições...
Pobre alma humana que detém essa sensibilidade episódica de sentir as intranquilidades sonoras da alma minha...
Em geral não sou um maestro. De razoável, até hoje, nunca consegui a simpatia dos músicos, em mim, mas, não por mim, talvez pela péssima audição que os valham... Sei que, essas curiosidades da vida me trazem ruins conclusões...
Sinto que há tanto esforço em minhas regências, há tanta carga depositada nessa entrega, e, sempre a custo de nada - pois minha alma nunca aprendeu nada - que passo a crer que me admiram, tão somente, pelo teimoso bracejar, jamais pelas sinfonias...