Na China, num pequeno povoado não muito longe da capital, vivia um velho samurai. Um dia, quando ele instruía os seus aprendizes, acercou-se a ele um jovem guerreiro, conhecido por sua rudeza e crueldade. Sua forma de ataque favorita era a provocação: ele tirava o seu oponente do sério, e quando este estava cego pela ira, cometendo erros na briga, o outro, tranquilo, começava a brigar, vencendo com facilidade.
O jovem guerreiro começou a insultar o velho, a tirar-lhe pedras, cuspinho nele e dizendo as piores palavras que conhecia. Mas o velho ficou ali, quieto como se nada estivesse acontecendo, e continuou a ensinar. No final do dia, o jovem guerreiro, cansado e enfurecido, voltou para casa.
Os aprendizes, surpreendidos de que o velho samurai tivesse suportado tantos insultos, perguntaram-lhe:
Por que você não brigou com ele?
Tinha medo da derrota?
O velho samurai respondeu:
— Se alguém aproxima-se com um presente, mas você não o aceita, a quem pertence o presente?
— A quem o traz — respondeu um dos seus discípulos.
— O mesmo ocorre com o ódio, a inveja e os palavrões.
Até que você não os aceite, pertencem àquele que os trouxe.
O jovem guerreiro começou a insultar o velho, a tirar-lhe pedras, cuspinho nele e dizendo as piores palavras que conhecia. Mas o velho ficou ali, quieto como se nada estivesse acontecendo, e continuou a ensinar. No final do dia, o jovem guerreiro, cansado e enfurecido, voltou para casa.
Os aprendizes, surpreendidos de que o velho samurai tivesse suportado tantos insultos, perguntaram-lhe:
Por que você não brigou com ele?
Tinha medo da derrota?
O velho samurai respondeu:
— Se alguém aproxima-se com um presente, mas você não o aceita, a quem pertence o presente?
— A quem o traz — respondeu um dos seus discípulos.
— O mesmo ocorre com o ódio, a inveja e os palavrões.
Até que você não os aceite, pertencem àquele que os trouxe.