MEUS PADRÕES!

Notei que meu peso incomoda mais as outras pessoas do que a mim mesma. Da forma que me olham quando chego em uma loja para comprar alguma roupa, está estampado no olhar das atendentes a frase: “será temos alguma peça que te sirva? ” Isso acontece nos mais variados lugares que frequento, parece-me que serei banida do planeta terra, somente porque estou com alguns quilinhos a mais.

Os conselhos que recebo já parece até uma espécie de mantra me dizendo o tempo todo o devo fazer para emagrecer; pare de comer proteínas, carboidratos abandonar os doces, nem passar perto de álcool e uma lista imensa de coisas para eliminar.

Sabemos que o padrão de beleza é construído socialmente e modifica conforme a história. Embora desde crianças nos é empregado que ser bonita é ser magra, pele branca e macia, sem marcas, cabelos loiros e lisos.

Nas propagandas, comerciais, cinema, tantas informações que nos dizem como nosso corpo deve ser. A valorização exagerada da beleza magra enquanto a mulher “despadronizada” é uma vítima de uma sociedade doentia que corrompe a nossa liberdade do existir, deixa tão distante de nós o direito de saber o valor, a beleza e sensualidade que todos carregamos.

Então, vamos conversar? Ser gorda não é um problema. Nunca foi – nem antigamente, quando as gordinhas eram o “padrão de beleza”, nem hoje. Mulheres gordas namoram, se divertem, estudam,são saudáveis, postula cargos importantes, criam cachorros e gatos, casam e têm filhos como todo mundo.

Ainda bem que minha felicidade não depende dos olhares dos outros. Meu bem-estar, o amor próprio, também não depende a opinião alheias e sim como me posiciono diante de minha consciência.

Acredito que toda mulher, sendo gordinha ou não, deve dizer a si mesma todos os dias que padrão nenhum vai interferir seu jeito de ser.

JESSICA ROSANNE
Enviado por JESSICA ROSANNE em 02/10/2017
Reeditado em 04/05/2018
Código do texto: T6131249
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