Olegarias
Eu já observei as vielas da vida,
como um expectador defasado
desprovido de consciência e pudor.
Subestimei os ciclos incessantes
com uma pseudo mudança.
Não, eu não acreditei por
um segundo naqueles sorrisos.
Eles fingem melhor do que eu,
mascaram os íntimos desejos.
Os sonhos se perdem em eternas negações.
Perecem em pequenas incertezas.
Se iludem em fajutas afirmações.
Mas quem sou eu para dizer
o que aflige todos esses corações?
Somos todos incestos da mesma vaidade.
Perdidos em nossa clichê superficialidade.
Incontestavelmente podres
entre vísceras.