DESPOETIZÁVEL (Série Reflexiva Mente) ROBERTA LESSA
Hoje definitivamente resolvi deixar de poetizar.
Fruto que sou de alucinantes conjunções alfabéticas justapostas, deparei-me novamente filosofiando idéias, conjecturando formas, recompondo o ato de inventar a escrita.
Pari novos e poéticos filhos, ainda mais literário que a primogênita poesia, novamente caí no pecado de perder-me no complexo universo da escrita...
...maldição concreta que cumpro penitente, sabendo jamais ser sanada a volúpia que de mim ascende e explode em alfabetos delirantes...
Desse mal eu (vivo) morro... ou aos trancos e barrancos sobrevivo, como aquele lobo indomável e voluptuoso que uiva, feito vento...
Não sou quem sou se não pela poesia que me faz...
Hoje definitivamente resolvi deixar de poetizar.
Fruto que sou de alucinantes conjunções alfabéticas justapostas, deparei-me novamente filosofiando idéias, conjecturando formas, recompondo o ato de inventar a escrita.
Pari novos e poéticos filhos, ainda mais literário que a primogênita poesia, novamente caí no pecado de perder-me no complexo universo da escrita...
...maldição concreta que cumpro penitente, sabendo jamais ser sanada a volúpia que de mim ascende e explode em alfabetos delirantes...
Desse mal eu (vivo) morro... ou aos trancos e barrancos sobrevivo, como aquele lobo indomável e voluptuoso que uiva, feito vento...
Não sou quem sou se não pela poesia que me faz...