Brilho da vida
Não preciso de uma viagem para Paris, para ser feliz. Apenas ir prum sítio já me satisfaz e me aproxima de Deus. Não preciso ter bens materiais complexos, por mais que os mesmos já estão em meu cotidiano e necessidades. Gosto de ouvir as conversas que ecoam num dia qualquer; troca de olhares - os quais se olham diretamente um ao outro, para se ter a sensação de estar sendo compreendido, ou, pelo menos quase compreendido -. Me cansei de alguns aparelhos eletrônicos, eles tiraram a graça dos segredos, dos mistérios. Tudo é substituível, a internet é a vitrine dos produtos gerais; pessoas; roupas; ideais; depressões e chateamentos alheios - os quais seriam muito evitados, e, tenho uma leve sensação que, nos próximos anos haja uma epidemia de depressões e doenças mentais - mas enfim, está no nosso DNA tudo isso. Não sou dono da verdade, mas porém, tenho em mim sonhos surreais de ver o real brilho da vida.