Tecnologia e Humanidade

Mundo sem fronteiras, sem eira nem beira. Amalgama de redes cibernéticas que aproximam pessoas e distanciam corações, faz da amizade distração, quando deveria ser responsabilidade. A miudeza dos produtos tecnológicos se equipara a pequenez de nossos sonhos. De certa forma nos “coisificamos” também, somos vistos como produtos em uma prateleira, como objetos passiveis de avaliação e reprovação, somos o que produzimos e produzimos aquilo que nos desumaniza. Estamos distantes socialmente, as relações pessoais transformaram-se em algo frio e técnico. Metódicos e modelados seguimos sem pudor para Era dos:

Sem-amigos

Sem-amores,

Sem-sentimentos,

Etc...

Qualquer indicação de humanidade será banida, seremos ciência exata,

Sem-falhas,

Sem-medo, sem-identidade,

Etc...

Qualquer avanço hoje se trata de um recuo ao instinto, ao autentico, ao individuo, ao humano. Caminhamos rumo ao processo. Gélidos serão nossos corações. Precisas nossas ações. Eficazes e sofisticados, sem nada a declarar, seremos maquinas. Submissos à disciplina de ser aquilo que nos foi empenhado. Coagidos pelo impulso tecnológico que faz de nosso sangue óleo e combustível do nosso próprio fim.

Rodrigo Sanchez
Enviado por Rodrigo Sanchez em 22/09/2017
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