Um Grito

Um Grito

E o mundo grita... grita por paz, grita de dor, grita diante desses horrores que vivenciamos todos os dias, dói ver ou imaginar o sofrimento de todas essas famílias.

O mundo se perdeu em algum ponto lá trás, porém se encontrou depois de um tempo em meio ao caos. Essas mudanças diárias que vem trazendo as nossas mãos à facilidade de viver, onde estamos perdendo o contato físico e nos escondemos atrás de telas, anunciando nossas vontades e desejos, expondo ao mundo quem somos e até quem não somos. Lugar esse onde o caráter é posto a prova dia e noite. Palco para insultos e julgamentos, onde se aponta o dedo publicamente falando dos defeitos e nos tornando mais sujos e hipócritas do que um dia poderíamos ser.

Tamanho esse desejo de confortar cada familiar e levantar a bandeira branca ao mundo pedindo um basta. Basta de desumanidade senhores, basta de preconceitos, basta de violência de todas as formas, basta dessas intolerâncias medíocres, basta de desigualdade e dessa imoralidade.

O mundo está sempre em giro, evoluindo e se transformando, mas nós, ser humanos estamos regredindo, voltando a época dos Escravos, de Hitler e da Ditadura. Corrompemos-nos por meio de nossos Deuses e crenças, nos dividimos em classes sociais, nos rotulamos pela cor da pele, dos olhos, da roupa que vestimos ou das marcas que exibimos, nos corrompemos por causa dessa política nojenta e absurda, esfregada na nossa face todos os dias, brigamos por dez centavos hoje, mas não somos capazes de silenciar nossos egos por um minuto para sermos solidários de alguma forma com as vidas que se perdem em meios esses atentados, tantos esses que acontece diariamente, onde nem sabemos que houve mais uma perda. Tantas essas famílias que não são ouvidas, que são silenciadas por esse sujo e arrogante sistema e se sufocam com o sangue de seus entes todos os dias sem respostas.

Bastam de críticas, essas quais te submetem ao ridículo, tentando amenizar e humilhar nossos irmãos. Você fez a sua escolha, o seu livro é a Bíblia, o livro dele é de Allan Kardec, o do outro é o Alcorão, ele lá é de candomblé ou Umbanda, resolveu tocar um atabaque e incorporar seus caboclos, e assim por diante. A forma que você reverência seus Deuses, batendo cabeça ou dobrando seus joelhos, não diz quem você é ou o que faz, não define seu caráter. Pois enquanto uns se escondem atrás de sua religião, outros carregam em seus corações, mas todos sempre acabam falando do Deus vivo, crendo no Deus vivo. Mesmo assim caímos na idiotice de falar do alheio, que namoro tantas vezes, que usa tantas vezes a mesma roupa ou de seu estilo. O que faz isso ser da sua conta? O que vai atingir você?

Ao invés de julgá-los, mostre a cada um o caminho que acha que seja a verdade, pois é somente isso que podes fazer, pois a verdade somente Deus poderá mostrar. Você é só um instrumento, não Deus. Não oprime seu irmão com seu achar, com esse disse que me disse de livros. Abra seus olhos e seu coração, essa terra é o nosso corpo, cuide dela como cuida de seu próprio corpo, isso tudo aqui é uma extensão de cada um de nós. E globalizando, esse corpo está sofrendo grandes mudanças devidos a desordem que nós causamos nele, cabe a nós se reunirmos e tratar de nos medicarmos, para nossa melhora. O mundo está sofrendo, não é eu aqui ou você aí, é o mundo meu caro.