A Vida é uma estrada

Quem já dirigiu à noite numa estrada estreita e sem sinalização, sabe como esta tarefa é difícil.

Nas curvas chegamos a ficar completamente sem orientação, sem saber para onde ir.

Nesse momento, normalmente pensamos: “Como os responsáveis podem deixar a estrada neste estado?”.

A Vida é uma estrada onde a sinalização é feita pela família, igreja, escola e também o Estado, que devem valorizar a verdade, a honra, a solidariedade, etc.

No período pós ditadura militar, parece que começou no Brasil um fenômeno, que não cabe aqui querer explicar por ser muito complexo, que está nos retirando nossos balizadores.

A força aglutinadora que a família, escola, igreja e o Estado tinham sobre nós foi sendo enfraquecida paulatinamente, num processo contínuo que nós como pessoas comuns não temos como saber se foi por falta de nossa própria definição de rumos ou se foi algo programado por algum interesse escuso. Também não cabe aqui querer esclarecer.

Mas além de uma busca de explicações com base em conhecimentos profundos de Sociologia, Filosofia e outras ciência ligadas ao comportamento humano, um fato me parece bem evidente, a disseminação e vulgarização da mentira. Não se preocupa mais em dar ares de verdade à mentira. Ela é dita a todo momento e muitas vezes aceita como justificativa para atos ilícitos como se isso fosse algo normal. Ou seja, como se a mentira fosse um atributo de valor igual à verdade.

Chegamos ao ponto em que muitos se colocam como defensores da verdade, porém tentam defender uma possível verdade com mentiras.

Contudo, quem se preocupa com os filhos e netos e o futuro do País, deveria fazer um profundo exame de consciência e pensar em até quando poderemos pretender construir algo sólido com base em enganos.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 13/09/2017
Reeditado em 14/09/2017
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