Amarras...
Ciclos repetidos;
Círculos viciosos...
Atitudes mecanizadas;
Pensamentos aéreos!
De volta sempre ao mesmo lugar;
Empilhando cartas de baralho;
Sem por um segundo desistir;
Mas elas insistem em cair!
Sabemos o que fazer!
Sei para onde correr;
Porém num estado inercial;
Fechamos os olhos para o que é real!
Doce amarga ilusão;
De viver como se nada fosse acontecer...
Retendo fraquezas vãs;
Mas guardando um grito no coração.
Há algo maior;
Há um alguém melhor;
Que se desespera em despertar...
Mas o sono é profundo demais.
Lagrimas que se escondem num sorriso.
Pesadelo em tempo real.
Mas num passe de mágica;
Tudo pode se fazer novo.
Mas e as amarras?
Que insisto em distribuir em cada canto...
Tão fáceis de amarrar;
Tão difíceis de se desprender...
Há um grito!
Há uma vontade!
Há um querer!
Há milhares de amarras...
E AGORA?
Clama, minha alma, clama!
Há uma saída...
Há uma solução!
Não há amarras;
Que se sustentem;
Por mais apertadas que forem;
A quem decide até se queimar, se for necessário, para se livrar delas!
Se queimar...
Mas como?
Com tanto gelo...
Precisamos de Fogo...
Um fogo que não seja natural!
Um fogo para minha alma!
Um fogo capaz de separar...
Mente de coração!
Eu quero!
Eu desejo!
Me ajude...
A me soltar!
Pois já não vivo em mim;
Como zumbi, reações automáticas.
Minhas próprias amarras que me escravizam...
Isso tem que estar perto de acabar!
Preciso de forças!
Para me desprender dessas amarras!
Uma por uma!
Dia a dia!
Cada amarra a menos;
Diminui a distância entre nós;
Diminui a minha fraqueza...
E me faz correr para os teus braços!
Me salve... Me dê forças... liberte-me... Pois eu preciso! Eu te imploro...