AUTOBIOGRAFIA

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JOSIMAR FERREIRA SIMAO

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JOSIMAR FERREIRA SIMAO

Aos 13 de janeiro de 1962, nasce JOSIMAR FERREIRA SIMAO, um batalhador pela sobrevivência, no Povoado São Luizinho do Município de Governador Eugênio Barros, Estado do Maranhão, região central do Estado, também denominada de Região do Cocais. Filho de lavradores na época abaixo da linha da pobreza, sendo pai JOSÉ ANTONIO SIMAO e mãe MARIA FERREIERA SIMAO, pai natural de Aurora Estado do Ceará e a Genitora no povoado São Felix, Município de Colinas, Estado do Maranhão. Seus ancestrais rumaram em direção ao maranhão no ano de 1932, tanto avós paterno e também os avós materno, ambas da mesma região cearense. Quando se inicia a sua fase estudantil, totalmente rodeada de extremas dificuldades econômicas, às vezes seus pais faltavam dinheiro para comprar um simples caderno, lápis ou borracha; todos os dias seguia a escola, sempre levando consigo uma cadeira na cabeça, pois no colégio não havia assentos, lá chegando se deparava com tamanha sujeira, pois, o Prédio onde funcionava a referida escola, era a mesma construída casa de reboco, cujas paredes erguidas apenas aproximadamente 1,5 metros de altura, na época os animais eram criados no campo nativo, no entanto os bodes dormiam lá dentro, não tinha zeladora a limpeza era feito por nós pequenos estudantes, embora feita a limpeza, persistia o mal cheiro de fezes e urinas de bodes, não havia merenda escolar e nem sequer merendeira, professores mal qualificadas, na época com a quarta séria primaria ainda era chamado de mestre. Minha mão me arrumava para ir ao colégio da seguinte forma: bermuda com os bolsos internos aparecendo abaixo das pernas do short, camisa curta mostrando a barriga e abotoada até o ultimo botão no pescoço. Passava azeite de coco em meu cabelo, depois o repartia para os lados que até parecia eu estar na era da brilhantina. Usa uma fragrância para que ficasse cheiroso, sendo o famoso Talco Cashimiro Bouquet. Logo que chegava em casa, após as aulas, já encontrava uma enorme bacia de comida para levar o almoço dos trabalhadores que estavam na roça e la ficava o resto do dia trabalhando na lavoura junto com meu pai. Ao termina a quarta serie primaria não tinha a facilidade de hoje do transporte escolar, ou agente vinha morar na casa de um amigo da família ou parava de estudar. Chegue para meu pai depois da conclusão da quarta serie lhe falei que precisava sair de casa para dar continuidade aos meus estudos, ato continuo ele diz não ter condições financeiras para arcar com meus estudos e outras despesas adicionais. Quando o meu avo paterno ANTONIO SIMÃO DE MELO, se prontificou a patrocinar meus estudos, como minha mãe havia feito a matricula em uma escola particular qual seja: ESCOLA TECNICA DE COMERCIO DE IMPERATRIZ – MA. Ao vencer o primeiro mês que já estava pago, meu avó me chamou e disse: “se vira que eu sou seu avó e não seu pai”; bateu um frio em minha barriga, eu imaturo como ia trabalhar para meu sustento? Porém no dia seguinte sai a procura de trabalhando, o primeiro que encontrei e não pude dispensar “O roço de um terreno urbano baldio, com uma área aproximada de quatro campos de futebol; dai comecei a empreitada, neste meio tempo meu avó este lá e ajudou a cortar os dez pés de fendengoso, assim que terminei o serviço e ao receber o dinheiro meu avó falou ----- tens que dividir o dinheiro comigo pois também ajudei. Perplexo não me restou outra alternativa. Sai a procura de trabalho, encontrei com um amigo conhecido de minha terra natal, mencionei que estava precisando trabalhar para ganhar um dinheiro e pagar meu colégio, o mesmo conseguiu um roço de mato em uma área alagada cheia de lama, sangue suga capim Canarana com bastante pelo, em uma área conhecida como Bacuri, nesta época tinha apenas cinco casas de reboco, hoje atual bairro do Bacuri na Cidade de Imperatriz, neste Estado. Vendi pão nas ruas e por ultimo naquela cidade fui trabalhar nas olarias manuais as margens do Rio Tocantins.

Não suportando mais tanto sofrimento regressei à casa de meus pais, assim passando estudar no colégio Valentim Rolim, na cidade de Graça Aranha, tendo melhorado um pouco, ficava próximo aos meus pais e os mesmo me prestava ajuda dentro de suas posses. Como um plebeu a coisa não mudou de um dia para noite, parecido com conto de fadas; continuei trabalhando em trabalhos duros e árduos, principalmente para um jovem adolescente. Trabalhando em olarias artesanais, no trabalho ligado a atividade rurícola e coisas similares.

No final de 1979 regressei para a Cidade de São Paulo sonhando com dias melhores como todos que para lá irão. La foi que me confronte com a cara da dificuldade, desamparado do apoio moral dado pelos meus pais, embora vivendo em um baixo padrão de vida, porém pelo fato de estar perto de mim transferia aquele ar de confiança de firmeza e sempre orientando para que não caísse em abismos.

Sei que a saída foi encarar aquela grande selva de pedra, cheia de contrastes e desilusões, por perdurei pelo prazo de aproximadamente dez anos, sendo que no dia 03 de abril de 1988 estava pisando novamente em minha terra natal, apenas de tantos aspectos negativo ate agora apostado por mim ainda consegui trazer um legado comigo, o conhecimento, porém em títulos não me sobrou apenas um certificado do curso de 1º grau, no cotidiano de cada dia, vivenciei varias situações e encontrei varias saídas, nada melhor do que a escola da vida e tendo como professor o meio do mundo, entre desconhecidos, sem receber nenhuma oferta, a válvula de escape e se virar e dar seu jeito.

Após aqui chegar na data já acima em epigrafe, continuou o meu dilema, fui residir com meus pais no povoado São Luizinho, neste município, daí fui apenas magoar os velhos antigos calos, trabalhando na roça, quebra de coco e outras atividades penosas; a minha mãe em ver um jovem rapaz de cabelos pretos, pele branca, fisionomia que ate parecia de pessoa de bom poder aquisitivo, ficou penalizada então arrumou para mim um subemprego na Farmácia do saudoso Jose Bobola da cidade de Caxias, após trabalhar alguns meses com o mesmo naquela farmácia, tendo gostado do meu trabalho, resolveu abrir um Churrascaria e me dar o emprego de Gerente daquele estabelecimento exatamente no anos de 1989 no período em que Expedito Pereira Machado assumiu o Poder Executivo de nosso Município, neste mesmo período foi onde conheci uma bela garota natural da cidade de Fortuna Estado do Maranhão, essa foi amor de primeira vista, em um curto prazo contraímos matrimonio, ou seja, no dia 10 de dezembro de 1988, fomos os dois sofrer juntos diante de um baixo ganho em dinheiro que eu recebia, quando eu chegada da Churrascaria já era manhã do dia seguinte, a mesma reclamava muito de solidão, daí foi condicionado deixar o trabalho da Churrascaria, e sai da procura de outro trabalho, como eu havia votado no Prefeito Expedito Machado lhe pedir um emprego, solicitou que o Secretario de Educação verificasse um locação para mim. Consegui mas não foi tão compensador, naquela época ninguém ganhava salário mínimo, recebia apenas uns trocados por exercer o cargo de professor, vi a situação caótica, resolvi recorres o mestre de obras do município para trabalhar nas construções como pedreiro conseguiu, com a seguinte condição: cumpria meu cargo horário no colégio e depois iria trabalhar nas obras por empreita, por não haver como trabalhar o dia todo em forma de diárias.

Nesta data já havia retomado os estudos, cursando o segundo grau com habilitação ao Magistério, em um Núcleo Pedagógico semipresencial, com o nome de Projeto Logos II, e minha esposa no Dias Carneiro. Em 1992 tinha acabado de concluir o curso de magistério, realizei concurso publico e foi aprovado para lecionar o Colégio Dias Carneiro, ainda trabalhei por um período de três meses, depois renunciei. Já estava trabalhado como Oficial de Justiça nomeado em cargo em comissão, tendo ingressado no dia 19 de outubro de 1990, onde a nossa Comarca ainda era Presidente Dutra, depois foi criada a Comarca de Governador Eugênio Barros, eu continuei, quando em 2001 veio o concurso quem não fosse aprovado estaria desempregado, por falta de alternativa só me restou estudar e pedir sorte a Deus, fiz a primeira etapa da prova, foi aprovado, fiquei me preparando para a segunda etapa, quando abra o edital de concurso para o município, pensando como o alquimista, vou tentar segurar pela menos o cargo de professor no município, não dar para fazer fortuna, mas me garante o essencial, partir para o ataque foi aprovado, esse cargo já estava garantido, partir em busca do concurso do TJMA, fiz mais duas etapas de provas, graças a Deus o resultado foi positivo, onde tinha um contingente de 169 candidatos para duas vagas eu foi o primeiro, perdi o medo de correr atrás da vida. Retornei aos meus estudos em 2012 conclui uma Faculdade de Teologia, pala FACULDADE DE TEOLOGIA HOKMAH, (FATEH) com sede em Vitoria do Mearim. Ao longo dos todos os tempos sempre trabalhei com responsabilidade fazendo o possível para atender as demandas das pessoas que procuravam o Judiciário. A ética e a moral, sempre fez parte dos meus acessórios. Dia 19 de outubro de 2017 estarei completando vinte e sete anos de labor no Poder Judiciário do Estado do Maranhão, com uns anos averbados de serviços prestados nas empresas privadas, segundo a simulação feita pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO, farei jus a aposentadoria no final de janeiro para o inicio de fevereiro de 2018, esta na hora de ter um pouco de descanso, já criei minhas filhas YARA, YEUREE VANESSA, já tenho um casal de netos, VICTOR E YANNE, Já batalhei demais nesta vida, o tempo é tão fugas, hoje acho que num curto espaço de tempo já houve tantas modificações, como algumas cirurgias que já passei, portador de alguns patologias, cabelos grisalhos...

Ao aposentar-me irei me dedicar mais ainda a minha falia, aproveitar o Maximo do tempo juntos e minha esposa FRANCISCA SIMÃO, sempre procurei lhe oferecer o melhor, mais ainda é pouco quero lhe oferecer muitos mais afinal já estamos há 28 anos de união, e que Deus abençoe este anjo do bem que surgiu em minha frente.

Meus profundos agradecimentos aos colegas, amigos e parentes que deram fossa a mim durante esta trajetória.

Governador Eugenio Barros, 09 de setembro de 2017.

JOSIMAR FEREIRA SIMÃO

Sua Autobiografia

J Simão
Enviado por J Simão em 09/09/2017
Código do texto: T6109321
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