VIRGEM E ASSASSINA

Quando surge o luar desapare uma possível trevas. Eu me pergunto onde o sol foi? Onde nessa noite o frio permanece? Pois dentro em mim somente corpo sujo de tristezas. Somente gatos rasgando com a unha meu pobre coração de pobre cão vira-lata, e nesse pensamento ordinário de poucas condições me escondo num choro. É tão confortante chorar. É tão prazeroso pensar que no íntimo de cada um de nós uma criança é amparada, com o mesmo amor de pecados inocentes do viver. Sabe, o tempo é um raro luar de sangue à se derramar no colo de passarinhos. Esses passarinhos trazendo no bico a cabeça do Dragão mastiga todas as honrarias dessa poesia!? Pois numa noite de trevas e carinhos lúgubres só existe mistério e adultério com anjos nus. Eu aqui, numa frieza de beleza, numa loucura encantada pelo ar nublado do cosmo oco e chuvas de ossos do pó. Mesmos ossos de um confeço negar da pureza masculina e nisto o luar ainda vai chegar. Tão cedo o futuro ditará os sonhos cru da donzela banhada em letras da luxúria cega. Eu me pergunto onde viverá meu descanso? Quando verei minha fome saciada na lama de porcos políticos e doentes de tamanha constituição sem embasamento no amor, por pouco perdão?! Sou um soluço vão desse pensamento dos deuses do meu rico existir apaixonado. Procuro nas noites descanso. Procuro nos teus olhos meu amor a razão de um adeus a infância adulta no mistério rústico e sem reservas de tantos pesadelos em prolongadas chuvas de podridão. É o amor por riquezas da minha loucura que arrebatará para sempre meninos em busca neste mundo do paraíso perdido de duendes a raptar os sonhos com futuro negro e intangível de admitir por si só. Pensar que nunca mais os dias serão iguais, e tratar o segredo da vida com imensa doença do meu caráter, é, e são brutos renasceres constantes da flor apagada no Jardim sem mais nenhuma luz. Procura nas palavras alegria, mas nessa terra de frio e metade de luares do outro Oriente em quimeras deste Ocidente nos derrota uma fantasia simplória. Perdido estamos? Achados ficamos? Brigar ajuda? Brincar ilude? Onde a lua foi? Ela corroeu minha ferida parida de vermes. Sou um rapaz que deveria ter nascido antes, antes do tempo de tantas tempestades da rivalidade tecnológica e cruel no tempo. Para sempre vamos morrer? Mas a morte cata pouco à pouco lendárias poesias da lua virgem. E virgem será o segredo dito no leito angelical de pobre menino, que não sabe o que fazer com lírio que desabrocha no seu corpo e consome-o mesmo com a mornidão de uma vagina a alucinar nas trevas os gemidos do amor sem lívido pecado. Que neste viver o frio do submundo não revigore o prazer de tantos homens e mulheres perdidas no vôo rumo às terras horripilantes que proíbem o acordar para a verdade. Virgem e assassina.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 08/09/2017
Reeditado em 08/09/2017
Código do texto: T6108597
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