O CARA DE QUE...
Sou aquele cara de que
Luta caratê por alguém
Difícil de se nocautear,
E se encara os perigos
De, de repente, ser atingido
E dentre os amados ser extinguido...
Mas digo, nem que me deem socos,
Arrastões, pontapés, em sufoco
Nas minhas regiões, alta e baixa
Do meu corpo, desse alguém não desisto,
Por ter o seu amor insisto,
Nem que me seja a última das coisas...
Melhor então me é lutar caratê,
Enquanto sou o cara de que
O amor de alguém não se tenha pra si...
E vai se lutando por aí de ring em ring,
Até que se deite no tablado
Com o alguém, de amor, nocauteado...
E ir-se-a bem sorrir, somente bem sorrir
Quando o alguém querido meu ser
Por todo o sempre unicamente...
Vou seguindo a lutar com força e fé,
Numa luta dessas o juiz pode
Me dar a vitória no último round...