Como transformar?

Como se transformar?

Às vezes penso que a vida, na verdade é uma janela suja misteriosa que não nos mostra o que realmente é.

Porque andas homens?

Porque falas?

No silencio mais profundo tua alma ainda fala

Já de passos curtos caminha para o além

Como sabes o que ti espera?

Porque choras homens?

Porque sorri?

Se em grande felicidade ainda sim suas fontes se abrem

Num repentino desanimo mostra ainda teus dentes

Como sabes o que é bom?

Movendo pelas linhas do algo, parte assim o mistério

Que habita entre confusões múltiplas, se identificando a cada uma.

Dia agora vira noite, e pelas trevas corre o astuto grilo falante de pose exuberante, dono de si sem mesmo ter a si.

Como se transformar o que já foi transformado.

Assim cada ser procura reposta pelos sentidos que não tem sentido, pela vida que muitas das vezes em vida esta morta, já a realidade é tão abstrata como o texto, inimiga da contradição amiga da evolução. Em cores opacas se mostra meu ser, “eu” quem sou de onde vim para onde vou? Apegar-me a algo que julgo maior do que “eu” e fará melhor? Para de beber e fumar maconha transformara minha vida?

Em minha própria razão existe meu abismo, por questionar DEUS não me descubro, hoje são somente palavras que muitas vezes você fez a você mesmo mais ainda ti deixo uma pergunta: como se transformar?

O fruto de uma arvore cai a teus pés come deste pêssego, deguste desta dádiva, aos contos dos farrapos imprimo minha imaginação que na sua suma é podre, pobre, vazia. Sabes viajante o dia está diminuindo, o sol já não está soberano, as nuvens são apenas algodões doces e o momento, orgulhosos segundos, se no encanto das musicas regionais pudesse ver as brisas do interior e não os latifúndios dos sertanejos talvez, digo somente talvez tivesse fé na vida simples.

Sabem urbanos, os prédios andam para cima, as fumaças de suas fabricas caem no meu quintal, sobram-me loucuras como está que poucos a compreenderam mais no espaço vazio de minha mente ainda existe uma sala de jogos onde passo toda tarde a brincar como eu era nos tempos antigos, e ainda assim caro leitor ti deixo um pouco de mim, pouco desta casca pastosa, pouco deste algo a ser.

Como transformar o que já foi transformado?

Poeta louco e sonhador...

Por: Guido campos

guido campos
Enviado por guido campos em 16/08/2007
Código do texto: T610356
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.