MISTURA E PERDA CULTURAL
O espectro da extinção é sentido pela humanidade, e a comunidade científica, debatendo a possibilidade do desaparecimento da civilização humana e até mesmo da própria espécie, questiona se o homem sobreviverá ao longo dos próximos cem anos.
Questões importantes em torno da desenfreada globalização, como a equalização através da homogeneização e extinção, o apagamento cultural onde tudo é igualado a um esquema de conhecimento consistente impactando no mundo da arte, espalhando os efeitos do enquadramento cultural visível em todos os lugares.
Estamos cada vez mais perdendo as ligações formais e informais entre diferentes abordagens intelectuais, mentais, humanistas e costumes para ver o mundo, influenciado por uma pluralidade de culturas como uma troca global contínua. Essa tendência, no final, trará perdas de segmentos significativos da herança cultural e, não demorará muito para que aspectos importantes de nossas vidas sociais e intelectuais sigam o exemplo.
À medida que a morte de línguas e culturas prossegue a um ritmo geométrico, consequentemente, a própria identidade como seres humanos de uma particular nação e região, com menos indivíduos capazes de preencher as muitas lacunas, perderá sua característica histórica e tradicional, cedendo lugar para os desejos, vícios, tradições e mentalidades mistas de outros povos, trazidos pela disseminação linear da globalização. Portanto, a partir da multiplicidade de formas culturais humanas, em breve, provavelmente haverá uma ou algumas culturas quase intactas.
É óbvia a questão da atitude coletiva de aceitação da regularidade dessa perda e da aparente impotência para detê-la. Não obstante, é necessário a manutenção da vontade e a previsão de lidar diretamente com os problemas do mundo buscando elementos de esperança e significado, e a arte é a principal forma de resistência à homogeneização e à extinção, pois, dá forma a muitas maneiras de ser.