Silêncio
O mundo que sempre nos força a pensar rápido demais, a dar respostas rápido demais, a sermos rápido demais, agora eu enfrento. Tenho experimentado o silêncio. Como algo pode ser bom e ruim ao mesmo tempo e confortante e angustiante a cada segundo? O fato é que viver o silêncio não é fácil.
O silêncio, que gosta de atingir seu ápice nos finais dos dias, nos faz resgatar sentimentos e fatos vividos. Faz a gente enxergar o que não víamos, e como um bom torturador amigo nos faz reimaginar situações em óticas que só ele é capaz de oferecer.
É paradoxal. Esse silêncio, que tanto enforca, aperta o coração, soca o estômago e desconstrói a nossa razão, é a mesma via que poderá tirar a corda do pescoço e desatar os nós que os nossos próprios pensamentos outrora criaram. E para seguir adiante é preciso força. E nessa necessidade percebo o quanto somos fracos.
A melhor estratégia, dessa forma, parece aprendermos a ter serenidade para bem viver e enfrentar este silêncio que, no final das contas, é o barulho mais desconcertante da existência humana. Mas como dizia antes, isso continua sendo difícil... enfrentemos...