Outros tempos
Os dias não clareiam apenas para alumiar
as noites que não sombreiam
Chegam em seu momento e se colocam a descansar.
Nas manhãs mal resolvidas, mas tão vividas
nos encantos mal interpretados, mas que fazem parte dessas vidas,
as minhas veias e entranhas se apertam.
O doce desse amargo
atrai as borboletas.
O movimento desses dedos,
pulsam, pulsam, pulsam...
É a precisão.
Segue sorrateiro todos os sensíveis
e pouco vistos
corações.
Não lidar com insegurança alheia
tenho minha visão já embaçada
de meus próprios medos.
Vagarosamente, converso com os céus
enquanto as estrelas já mortas
se alinham,
Vejo minhas sensações flutuando diante de mim
indo de encontro e fazendo parte de distantes constelações...
A história humana me fascina
porque sei que não é a primeira vez
que observo esse universo
daqui de baixo.
Já tive outros olhos,
outra interpretação
dessas mesmas coisas.