O Cristão Histórico e o Cristão Renascido
O Cristão histórico e atuante, frequenta assiduamente os cultos, as solenidades, as festividades, instituídos como costumes pela denominação teológica da qual é adepto. Nem todos eles possuem e ou estudam a Bíblia, limitando-se a ouvir as pregações dos líderes designados pelas denominações para orientá-los. Como são inúmeras as denominações, cada cristão histórico acredita que a sua é a única que realmente é abençoada pelo Pai, guiada por Jesus Cristo e ensinada pelo Espírito Santo, ou também pela mãe de Jesus e pelos inúmeros santos, estes todos santificados pela sua denominação. Além disso, os que estudam a Bíblia, o fazem pela Bíblia recomendada pela denominação que frequenta, que não é igual à da outra denominação. As próprias denominações cuidam da atualização da linguagem bíblica, podendo é claro, interferir nas suas interpretações. Caso essas atualizações forem persistentes, logo chegaremos à linguagem dos internautas e das redes sociais, o que reduzirá drasticamente a espessura da Bíblia, conferindo-lhe uma linguagem extremamente atualizada e sintética. Por outro lado, como as denominações se orientam mais acentuadamente pela Primeira Aliança e pela história da família de Jesus, pelos textos mais acessíveis e mais convenientes aos seus objetivos, fazendo desse contexto a base dos seus ensinamentos, o cristão histórico permanece “patinando” na literalidade dos textos, sem o aprofundamento no seu sentido subjacente, ficando apenas na superfície, sem adentrar as profundezas espirituais. Assim, o cristão histórico, mesmo com boas potencialidades no espírito, fica restrito ao estágio da “criança espiritual”, alimentando-se do “leite”, quando já deveria ser “adulto no espírito”, alimentando-se do “alimento sólido” (Hebreus 5:12 a 14 e 6:1,2). Quanto ao cristão que nasceu de novo, ele não mais se interessa pelas fábulas, genealogias e histórias bíblicas, e nem em manter quaisquer vínculos com as instituições humanas. Ele se torna um cristão independente, num relacionamento direto mediante a unção do Espírito Santo, e estuda sob esta orientação, exatamente os textos que vão se “encaixando”, como num “quebra-cabeças”, alcançando o sentido que se esconde embaixo da literalidade bíblica. Como está escrito: ele não tem mais nenhuma necessidade de que alguém o ensine, senão o Espírito Santo (I João 2:27). Não obstante, o cristão nascido de novo, nada pode fazer pelo cristão histórico, senão expor os talentos recebidos, pois a transição somente pode ocorrer, conjuntamente, pela Misericórdia do Pai, pelo Amor e pela Graça do Filho e pela Unção do Espírito Santo. Ao cristão histórico resta sair da zona de conforto e correr atrás do conhecimento de Deus, por si mesmo, observando Atos 17:30,31, estudando os Profetas bíblicos e as palavras de Jesus Cristo, em pequenos grupos independentes, como faziam os cristãos primitivos, sem o véu de Moisés, buscando a Graça de Cristo.