A Evolução do Ser Humano

As essências contidas no ovo cósmico não se confundem o que significa que cada um dos seus componentes já está definido, e não fará associações aleatórias com quaisquer outros, mantendo, portanto a sua individualidade integral, o que não significa que a mesma essência não possa ter características diferenciadas, como nos mostra a Natureza, na estruturação das espécies. Assim, após a definição do Homo Primus, este se desenvolveu como quaisquer dos outros animais que povoavam a Terra, orientando-se exclusivamente pelos seus instintos naturais, voltados para a sua sobrevivência e a preservação da sua espécie, através da sua reprodução. Nesta condição, o Homo Primus vivia no “paraíso”, sem ter nenhuma consciência sobre valores éticos ou morais que pudessem orientar o seu comportamento. Nesse período, o Homo Primus obedecia integralmente as leis da Natureza e, é claro, não cometia nenhum pecado, pois não havia outras regras que devesse observar.e obedecer perante a sua consciência. Porém, em um determinado momento, ele adquiriu a racionalidade e o discernimento sobre o bem e sobre o mal. Neste exato momento, ele saiu do “paraíso” da sua ignorância e ganhou a liberdade de fazer as suas escolhas quanto ao seu comportamento, tendo então uma noção definida e consciente sobre o bem e sobre o mal, adquirindo habilidades que exigiam o raciocínio, o uso do intelecto ou o exercício da racionalidade. A partir desse momento, morreu o Homo Primus e nasceu o Homo Habilis, com a faculdade de fazer as suas escolhas através do livre-arbítrio e de evoluir cognitivamente. Todavia, daí em diante, junto com o “pacote” veio a sua responsabilidade individual e intransferível. A condição de Homo Habilis é o apogeu da evolução da racionalidade, onde o Ser Humano detém o poder de obter progressivamente o conhecimento racional, mas não a sabedoria, o que pode ser confirmado de forma incontestável pelo exame da história da Humanidade, desde o início até este momento. O terceiro e último estágio dessa evolução, transcende o alcance da racionalidade, situando-se na esfera Espiritual, onde, independentemente da vontade e da atuação de Homo Habilis, ele poderá ser alçado à condição de Homo Sapiens. Por exemplo, entre outros, o Apóstolo Paulo e o Teósofo Jacob Boehme, foram dois deles, assim como foi também o Rei Salomão.