O MÍNIMO DO MÍNIMO
O MÍNIMO DO MÍNIMO
Doralice Maria
É o cúmulo!
O acúmulo foi absurdo.
Foi ignorado o direito de todos.
Direito à saúde, à educação, à vida...
E agora precisa ser paga a dívida.
Será retirado do menor,
Do mínimo
Para pagar as mordomias.
Que vilania!
Que cara-de-pau!
E o pacote, aos poucos, vira MONTANHA DO MAU.
Caminhões de maldades
São carregados
Na surdina da noite.
Nas senzalas,
Continuam os açoites...
Chicotadas!!!
Chicotadas!!!
Chicotados!!!
Nas comunidades,
Nas favelas,
A esperança desce...
Querem acabar com ela.
E ainda querem acabar
Com os funks nas favelas.
Favela ou comunidade?
Já não importa!
“O cala a boca” já morreu.
Se ficarmos quietos...
FIM DO EU.
“O uso do cachimbo
Deixa a boca torta”.
Fim de tu,
Fim de nós.
Temos que nos expressar,
Falar, observar a vida.
O mínimo do mínimo
Nos ensina que juntos somos mais.
Juntos somos mais.
Componha!
Faça o seu funk da paz.
Juntos somos mais.
Você é capaz.
Mude a sua história
Não deixe que apaguem
A sua memória.
O mínimo do mínimo...
Domínio do mau.
Óleo de peroba nos caras-de-pau.
O mínimo do mínimo pode ser o máximo.
O fracasso num pequeno frasco...
A dor reprimida
Não causará mais ferida.
21/08/2017