Das profundezas

Meus poemas são raros como são raros os meus momentos de solidão e encantamento

De redescobrir a vida em detalhes e cores

De me encontrar com vida

Após uma longa guerra

Meus poemas são raros

Porque a vida nos faz secos e duros

Esquecidos e mudos

Pra eterna beleza da vida

Meus poemas são raros

Eles foram jogados no lixo na juventude

(Sim, é verdade)

Mas ainda hoje visitam-me em sonhos

Em caminhadas e monólogos

Nas músicas que diziam tanto

E voltam

Cada vez que me encontro comigo

Encontro de velhos amigos

Num abraço doce e caloroso

Na certeza de que tudo vale a pena

E por mais que tenham sido tortuosos

Os caminhos desse rio

Ainda há flores

Frutos

Cores

E segredos

Por serem descobertos

Segredos sagrados

Da imortalidade da vida

E da eterna busca

Do meu coração

Yara do Vento
Enviado por Yara do Vento em 27/08/2017
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