NADA
A dormência atinge meus ossos. A luz do sol atinge o rosto, corro, busco refúgio, não quero o calor nem o sol. Já se passou a época em que se podia correr ao vento, desprendido. O calor é sufocante e o vento atrapalha tudo. Nada existe além das paredes de concreto, além do cimento que abriga pessoas egoístas e burras que se escondem atrás do seu look rebelde ou engomadinho. Foda-se. Todos vocês. Porque todos estão com os pensamentos na caixa, conforme a caixa, dentro da caixa. E eu tenho medo de me perder. Seja para sair daqui, medo de errar a escada, de não saber o número para voltar. Medo. Antes ele que uma audácia falsa. E o que me aguarda?