A Dona Morte
"Ela" sentou-se ao meu lado e perguntou: "bebe?". "Sim", respondi.
Sem copos, no gargalo mesmo, fui tomando do veneno que a morte chamava de dose e fui sentindo o rosto queimar e o corpo derreter.
Não senti sofrimento, apenas um contentamento, porque, pela primeira vez na vida, tive uma companhia tão agradável e desinteressada.
"Ela" não me levou, pois disse que só deve ir com ela quem já gozou a vida pelo menos uma vez; e eu ainda era virgem neste sentido.