"No. 1643: A História Não Contada"
NÃO sei dizer ao certo se o que eu tenho é estilo ou mera limitação. Creio na possibilidade de ambos existirem em mim -- e ainda assim eu poder escrever meus textos (como o tenho feito há quase três décadas).
As letras de música (Rock, Rock, Rock!) me ajudaram de um modo ou de outro a escolher temas, formas de escrita, enfim, a me identificar com elas. Sim: somos humanos, não? Humanos; demasiado humanos para sermos originais em potência... Veja: "nascemos originais e morremos cópias", frase atribuída a C. G. Jung.
Não sou escritor, isto é, alguém que dependa exclusivamente de seu ofício para viver. (Not for a living, Baby... Not me!) Sou autor -- anota aí. Sabe a diferença? Vou te contar. Eu escrevo para expressar algumas coisas que penso/sinto. Nem tenho como levantar $$$ com meus escritos, até porque meu público-alvo é pequeno demais. Mas isto implica em seleção. Sim: seleção.
Estou com um projeto novo -- e o segundo mais importante de minha "carreira" (de autor, claro). Reescrever o "No. 1643" para atender a duas importâncias básicas, a saber: a) escrever aquela versão paralela que se assemelha muito a todo e qualquer outro livro convencional e b) facilitar, com e por isso, seu acesso a um público maior -- mas igualmente composto, em grande parte, por leitores de Alto Nível (muito inteligentes, diga-se de passagem).
Fazê-lo implica sacrifícios de minha parte. Ser objetivo e conciso é talvez o maior deles. Não escrever coisas que fujam do assunto (como as que abundam na versão original -- isto é, a que foi publicada; no entanto, uma versão que ainda existe apenas em minha mente, ocupando um canto de meu subconsciente [e se hoje eu sei o que vem a sê-lo é por ter tido acesso a "Saber Pensar", do Professor Doutor Dreher*]), para não resultar em recusa dos leitores em sua maioria.
Bem... Há muito a ser escrito em "No. 1643: A História Não Contada". E eu vou ter que ler muita coisa antes de fazê-lo. A começar por algo de Stephen King. E mesmo sobre um certo Michael Myers -- tendo consciência de que vivê-lo (refiro-me a vestir seu macacão e sua máscara; além de empunhar uma similar faca de açougueiro, heheh...) "faz parte do 'show'", ou seja, é necessário para compreender o porquê daquele último capítulo do "No. 1643" em sua versão publicada pela editora portuguesa.
Nessa versão pretendo dar um gancho ao disco "Killing is my business" (1985), do Megadeth.
Ali Camila tem sua origem explicada. Há maiores revelações acerca da ruiva. E talvez menor importância ainda receberá A Falecida.
Fico só pensando na cara dos que desceram o pau na versão que eu publiquei ano passado (2016). Será que eles teriam condição de ler essa nova versão? Será? Ou continuarão a torcer o narizinho, como convém a toda criança de pré escola que reclama de tudo o que não consegue entender?