Amando em meio ao caos Paulistano
Em São Paulo, são tantos sonhos jogados no chão, tanta sujeira, tanta poluição, carros que passam, homens sem direção. São tantos amores, mesmo assim, o que reina é a solidão
Encontrei uma bela moça, quem em um dia de pico, em um trem da CPTM, viajava solitária, encostada na porta do trem. Eu não parava de olhar para o seu lindo rosto, seus belos olhos, mas mesmo vidrado em tudo isso, também não pude deixar de notar a tristeza por trás do vidro da porta. Próximo a estação do Tatuapé, se via casas de lixo próximo aos trilhos, e um pouco, mas não tão distante, se via casas de luxos, grandes apartamentos com área de lazer, piscina e tudo mais. Eu então fiquei angustiado, quase cheguei no ponto de chorar. Mas então, comprei um fone com o rapaz que passava do meu lado, liguei o radio e um poeta me disse que eu sou muito moço para tanta tristeza, que deixasse de coisa, cuidasse da vida, pois se não chega a morte ou coisa parecida, e me arrasta ainda moço, sem ter visto a vida.
Daí então, fiquei mais aliviado, e hoje nesta cidade de São Paulo, onde o frio corta a carne, e encontrar alguém na rua é sinal de perigo. Eu ainda sigo sozinho, mas cultivo o amor em meio ao ódio paulistano, faço poesia em meio a tempestade, mesmo sozinho nesta cidade, eu não me esqueço de amar.
(Maicom Douglas) 22/08/2017 Junção de alguns poemas e pensamentos sobre SP