NA SOLIDÃO DO ESPAÇO.

O céu escuro mostrava a lua,

Mas não vi o seu umbigo.

Vi amores rodeando a bela,

Sem peruca, mas tão linda.

Ferida, mostrando crateras,

Morta de uma seca atroz,

Somente pó e pedras estéreis.

Não importava mais o seu brilhar

De luz que vinha do sol

Seu amante passageiro,

Ela não tinha nada para dar

Apenas refletia seu amado.

Sozinha, longe da mãe terra,

Observava o zênite do espaço sideral

Dando vez em quando um show,

Desaparecia... Que espanto!

De quem será sua herança,

De pisadelas e saltos desvirginais?