Eu
Quem sou eu?
Corpo de carne pensante
Troca de energia
Ordem à partir do caos
Resultado de transformações
Criador de minha própria conduta
Moldando meus próprios pendores com bases múltiplas de experiências
Definidor do louvável e do reprovável
E enquanto tudo isso; nada
Um ponto em tela preta
Criador de filosofias frívolas
Hipócrita, condenando a própria indolência
Um espelho quebrado
Condenando a própria natureza
Natureza essa, desconhecida e destrutiva
Estudante do que é à mim intrínseco
Reprovador do que é descoberto
Criador do caos e consumidor do mesmo
Incontrolável
Aprazível, desprezível
Compreensível, mesquinho
Criador, destruidor
Filósofo, ignorante
Carrasco dos semelhantes
Deus do próprio mundo
Cabal, mal feito.
Em tudo oque há; supérfluo
Diante de meus olhos, crio tudo oque há, oque vejo
E pelo mesmo, tenho nojo e repudio
Gestante de uma criatura horrenda,
Com olhos que tudo vêem
Consciência que tudo julga.