VIDA DANIFICADA
Entre as obrigações sociais e a evasão de pequenos prazeres domésticos, nos distanciamos de qualquer representação de uma vida plena. Afogados no danificado cotidiano das urgências contemporâneas, vivemos a margem de nós mesmos, com a consciência mergulhada no fluxo das significações rasas, nos usos miméticos dos objetos cotidianos que se converteram em artifícios de existenciais.
Tudo se resume ao paradoxal consumo de nossas próprias e artificiais necessidades. O não ser materializou-se como um ethos hedonista que nos escraviza ao não ser de nosso acontecer coletivo.