TEMPO
O tempo em fim está a me ensinar à vida, o amar.
Ou esteve sempre a me ensinar e eu a vagar,
O tempo eu sei prendeu minha mente no passado
Mas coisas do passado,
Às vezes morrem, e estou a me desencantar.
Minhas atitudes agora são outras.
O tempo passa, e sinto que devo desapegar-me,
De coisas materiais.
O tempo esse bom companheiro,
Que pela vida toda me mostrou o segredo,
Pena que eu não soube apanhar.
Mas o tempo deu-me mais tempo, amigo bonachão.
Para que eu chegasse à compreensão,
De no espírito pensar, estudar me elevar.
O tempo sempre me deu tudo que eu precisava,
Mas pobre de mim, com a mente embotada, só fazia apanhar.
Mas como tudo tem seu tempo, eu não posso reclamar.
Mesmo com todo tempo perdido, eu agora estou a me encontrar.
Minha mente iluminou-se, e os valores mudaram.
Passei a detestar o ódio, o rancor,
Estou a dominar a ira, perco pouco a pouco,
O apego ao passado, os trancos que enfrentei pela vida...
Aprendi o que é amar; amar e ajudar o próximo,
A outros perdoar, sem no intimo dizer - "É mais não vou esquecer".
Tempo, tempo, tempo, me diga o que mais fazer.
Será que é curtir minh‘alma dorida, sofrida pela vida.
Tempo, tempo, tempo,
Mostre-me o "CAMINHO DA PAZ".
Barret.