ESTRADA
Há tantas coisas que deixamos pra trás, e se deixamos a panela passar do tempo presente ninguém come do seu interior , o tempo passado é tempo queimado, que nada alimenta. Como balinha de menta cujo frescor ilusório já passou. A vida é como um baralho embaralhado prestes a ser cortado e é lá na frente diante de um futuro ignorado, é que você paga dobrado, com o coringa ou como o ás escondido na manga. E geralmente é blefe costumaz... O jogo em si está nas ruas e esquinas do grande e maior jogador de todo este conglomerado imenso que é o senhor do destino. Mais o jogo em si, é a vida incerta, e neste traiçoeiro tabuleiro, em que os senhores do Karma são os juízes. Uma coisa é certa...ou estás preso a alguma coisa, ou coisa alguma te liberta... Depois do casulo vem a lepidóptera borboleta e depois? Lázaro levantou e depois dorme para sempre? E o sempre fica em qual estrada? Qual caminho a seguir devagarinho? Transformando a turva água do deserto no mais abençoado dos vinhos...voa bem leve, que passarinho algum foi provido de asas pra voar á toa...