Desconexão
Minhas mãos sempre estiveram estendidas
À espera de alguém que pudesse apanhá-las
Junto com meu coração vazio
E minha vida de desencontros ocasionais
Sempre achei que o dia seguinte seria melhor
E que alguém sempre se prontificaria a torná-lo especial
Junto com meu sorriso bobo
E meu jeito desengonçado de caminhar
Minha vida sempre esteve disponível
Com esperança de alguém para dividir meus dias
Junto com meu humor às vezes insensato
E meu gosto peculiar por poesias e músicas melancólicas
Mas sempre deixei tudo tão guardado
Com receio de que alguém pudesse bagunçar meu ser
Junto com minha essência
E meu jeito desinteressado de viver
Por fim, nada mudou
Esse alguém não chegou
E aprendi a conviver comigo mesma
Junto com todas minhas ânsias e anseios
E minha vida desconexa da realidade.