Se queres paz, te prepara para a guerra

A violência, o atentado contra um ser humano ou uma sociedade, não é novidade na história da humanidade. A impressão que se dá é que a maldade, ou atos perversos são inerentes ao ser humano, já que podemos afirmar que ninguém é 100% bom ou 100% mau. Se formos fazer uma retrospectiva rápida da história mundial, veremos inúmeros episódios em que a vida de um ser humano parece valer nada. Guerras, conflitos, holocausto, escravidão, barbáries, entre tantas outras atrocidades aconteceram aos montes através da história.

O que justifica uma guerra, uma violência? O que dá o direito a alguém de tirar a vida de outra pessoa, seja lá qual for o motivo? (Se é que exista um motivo cabível para isso). Para quem vive uma guerra, seja ela fria, quente, santa, não precisa ter medo de perdê-la, pois no fim da guerra todos perdem.

Falando de atualidade, parece que a humanidade é a única espécie que não evoluiu desde o começo de sua existência, continuando a viver como ser primitivo, capaz, por muito pouco, de ignorar a existência de seu semelhante. A humanidade continua desumana. As desculpas são muitas: religião, política, meio social... e os fins são os mesmos. A morte anda tão viva que a vida ficou para trás. Vivemos a mercê de um acaso ou ajuda divina, presos entre muros e grades, a fim de sobreviver, longe demais de chegar até o cais da paz, e sim perto do caos.

A violência virou parte do nosso cotidiano, se apresentando das mais diversas formas, em armas de brinquedo, no medo de brincar, fazendo os dias parecerem séculos, andando em círculos, num ritual ridículo de querer viver, lutar e não poder. Tentando viver nossas vidas tão normais no meio de uma violência banalizada, a todo instante ocorre uma sensação de que uma bala perdida vai encontrar alguém perdido, encontrar abrigo em um corpo qualquer que passara por ali.

Se não bastasse a violência urbana, somos obrigados a presenciar a violência política, que nos mata suavemente todos os dias, com aumentos tributários, horas a mais de trabalho, vidas a mais no trabalho, entre outras dificuldades impostas pelos nossos representantes.

E a população? Bem, estamos assistindo, como belos espectadores, uma juventude sem bandeira, sem fronteiras para defender, num país sonolento, esperando o sol nascer, dormindo pro dia nascer feliz.

Pátria amada, idolatrada, salve, salve-se quem puder!

Cadu de Souza
Enviado por Cadu de Souza em 27/07/2017
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