LUZ DE CANDEIA

Ver agora você diminuída, sem luz, apagada!
Visto que outrora você esguia, irradiando luz e calor iluminava!
Você ardendo feliz num raio de metros revelando detalhes impalpáveis, obtusos e discretos!
Comprovar que agora se foi? Porém fico feliz, me cabia fazer e assim eu te refiz!
Recolher suas lágrimas espessas, esperneadas, diluídas, frias, caídas em postas ao chão afixadas!
Depois que o pavio que ficou por um fio fora condenado a sofrer, morre também solidarizando-se a você!
Ressurgida um pouco menos formosa é convidada a viver novamente abrigando um novo cordão comburente protegido e ungido pra ser quimera de lealdade sem mais, sem por quês!
Empreitada a dar conta, mostrando caminhos e descaminhos venais!
Eternizando a passagem para os bons, através dos grotões da vida dos predadores incapazes em  reconhecer a essência da luz!