Cores da alma
A cada amanhecer ela agradecia por poder ver o céu uma vez mais. Aquela imensidão ora azul conforto, ora azul nebuloso era a melhor representação do que acontecia no seu íntimo. É estranho, eu sei, mas a oscilação das cores no céu acalmavam o coração dela. Conseguia não enxergar, mas sentir a energia do Universo.
Somos todos diferentes em cor de pele, cultura, crenças, ideias e inúmeros aspectos, mas todos estamos suscetíveis ao mesmo céu. Não importa sua posição social, nível de conhecimento, idade, genero, gosto musical, opção sexual, conflitos internos, pecados, misantropia ou altruísmo, diante do céu somos pequeninos e todos iguais. Não há favoritismo, mas modo de enxergá-lo:
Quando está exuberante você pode apreciá-lo ou ignorá-lo; Quando está nublado pode ser indiferente para você, mas quando forma tempestade... Você não é melhor nem pior que ninguém, é vulnerável!
E a cada amanhecer ela agradecia por poder ver o céu e enxergar a própria pequenez diante daquela imensidão ora azul conforto, ora azul nebuloso... Tão parecido com sua alma!